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Apresentação

A publicação destes Anais do 1º Encontro Regional Centro-Oeste de Ensino de Jornalismo constitui motivo de satisfação e orgulho por representar um avanço na organização da Associação Brasileira de Ensino de Jornalismo (ABEJ) e mais particularmente, neste caso, da sua Regional Centro-Oeste.

Como assinala a Carta Aberta do evento, o 1º Erejor Centro-Oeste, realizado nos dias 24 e 25 de março de 2023, foi resultado de um percurso que implicou no transcurso de determinado tempo, no qual foi imaginado, passou por dúvidas e até inviabilidade devido às condições adversas. Referimo-nos ao fato de que teve por sede o Curso de Jornalismo da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Campus Universitário do Araguaia. Cerca de quatro anos atrás foi pretendido na forma presencial, deparando-se com as barreiras da distância e da escassez de recursos.

As circunstâncias pós-pandêmica, motivo de tantas agruras para as atividades universitárias de forma geral, num terrível cenário da saúde pública, forçou todos a pensarem em alternativas. Neste contexto, se impôs a necessidade/possibilidade de eventos virtuais, formato que tornou viável a concretização do evento, amenizando decisivamente as implicações de custo.

O Encontro requereu a participação de muitas pessoas e instâncias, passando pelos docentes, os estudantes, os técnicos, os membros da diretoria regional, com apoio de integrantes da diretoria nacional. O esforço se mostra hoje recompensado. Tornou-se realidade uma programação que promoveu estudos, debates e um conjunto de proposições capazes de estabelecer um dinamismo posterior, no entendimento de que um evento realmente é bom se for traduzido em consequências. Ele nasce de anseios e perspectivas, a fim de se transformar em novos pensamentos articulados e em ações mobilizadoras.

A temática geral do evento - O papel do jornalismo brasileiro na perspectiva do Estado Democrático de Direito: do ensino ao exercício profissional - deu o tom de seus propósitos, ou seja, compreender os meandros da formação no ensino e as condições dos Curso de Jornalismo, no interior de suas instituições e das questões educacionais do país. Trata-se de uma discussão preocupada com a trajetória dos ingressantes entre a condição de estudante e a condição de profissional. E mais do que isso, o sentimento de perplexidade diante de um quadro de desinformação de amplos segmentos da sociedade brasileira, mergulhados na reprodução de informações destituídas de qualquer significado objetivo e na disposição de nutrir crenças preconceituosas e o ódio. São momentos que se associaram direta e profundamente aos riscos de fazer naufragar a ainda débil experiência do Brasil na construção de um Estado Democrático de Direito.

A participação foi a marca do evento, dentro do espírito proposto pela Coordenação, Colegiado e Núcleo Docente Estruturante do Curso de Jornalismo da UFMT Campus do Araguaia e da diretoria regional expandida da ABEJ. Foram 123 participantes inscritos e 48 trabalhos submetidos, considerado pelos organizadores como um processo exitoso. O relato dos coordenadores de GPs e GTs confirmaram o interesse e a motivação da comunidade acadêmica em pesquisar, publicar e discutir suas elaborações teóricas e práticas. É sinal promissor o expressivo número de estudantes que integraram seus GTs específicos. Representou um extraordinário aprendizado do curso sede e dos cursos visitantes (virtuais) em dialogar e (re)descobrir o prazer e a eficácia dos compartilhamentos. Ao relatar as passagens e as circunstâncias dos grupos, os coordenadores assinalaram este intercâmbio quanto gerou riquezas pedagógicas, técnicas e humanísticas.

Podemos assinalar aqui o relevante papel cumprido pela conferência de abertura, ministrada pelo professor Josenildo Luiz Guerra, na qual se fizeram presentes inquietações a respeito da qualidade da produção jornalística, exigindo que ela seja capaz de demonstrar sua eficácia, assim como acontece em outras áreas do conhecimento e profissional. A postura requer cobrar uma explicitação mais aprofundada e convincente do arcabouço teórico que sustenta o tradicional discurso jornalístico.

O profissional experiente, jornalista Florestan Fernandes Jr., descortinou o que seriam perspectivas para o jornalismo progressista no Brasil. Ele avaliou que os sites progressistas passaram a ter um papel importante na primeira década dos anos 2000 e que agora ainda mostram força, ao lado de uma possível comunicação pública revigorada, para contraposições à mídia hegemônica, num sentido de pluralidade de pensamento, expressa em diferentes linhas editorias e na capacidade de se ouvir muitas vozes. Na mesma mesa, a professora Dione Moura nos trouxe os dilemas e as barreiras para uma afirmação da mulher negra nos espaços jornalístico, seja nas redações, nas assessorias, nas instituições de ensino e nos respectivos espaços de poder.

As discussões nos segmentos do Encontro dos Coordenadores fizeram-se pertinentes, atuais e legítimas, pelas quais são visíveis as profundas dificuldades de os cursos implementarem as estratégias pedagógicas apropriadas à melhor formação dos estudantes, quando consideradas as necessidades de investimentos em infraestrutura e, por outro lado, a de superação das condições pós-pandêmicas, tomadas por um ambiente que causou profundos danos à saúde mental. Foram assinalados ainda pelos coordenadores os desafios de reverter a evasão escolar, a de implementação efetiva da curricularização da extensão e de adequações a realizações dos estágios, a fim de que estes não promovam distorções no mercado profissional dos jornalistas formados.

Tais questões também estiveram no horizonte das preocupações do Colóquio da Diretoria Regional, acrescidas à leitura de que os Cursos de Jornalismo das instituições de ensino superior da região Centro-Oeste precisam viabilizar oportunidades de compartilharem suas expectativas, anseios, conhecimentos e ações resolutivas, além de promoverem um diálogo mais intenso com a comunidade externa à universidade.

Na mesa sobre o Projeto Atlas da Notícia (pesquisa colaborativa, em sua sexta edição, voltada ao mapeamento dos veículos jornalísticos), conforme dados da exposição da professora Ângela Werdemberg, o Brasil possui áreas consideradas desérticas de notícias locais e outras áreas classificadas como quase desérticas. Estão na condição de desertos de informações 53% dos municípios brasileiros por não contarem com nenhum veículo noticioso; e na situação de quase deserto 32% dos municípios por terem apenas um ou dois veículos jornalísticos.

A região Centro-Oeste se apresenta como um dos menores índices de deserto de notícias locais, com índice médio de 29,1% de municípios sem nenhum veículo noticioso. Porém são verificados desequilíbrios no território devido à concentração de empresas jornalísticas em capitais, por exemplo, Brasília e Cuiabá. Goiás, apesar da proximidade com o Distrito Federal, é o estado da região de maior área desértica, com 39,8% dos municípios sem meios de comunicação locais de caráter jornalístico. A meta do Projeto Atlas da Notícia é de intensificar seus estudos e iniciativas no sentido de fornecer dados a pesquisadores, a empreendedores e a jornalistas acerca do jornalismo local, a fim de gerar novos conhecimentos nesta área.

E no Espaço editorial da Revista Brasileira de Ensino de Jornalismo, o editor gerente, professor Rodrigo Ratier, cumpriu o importante papel de apresentar informações a respeito das características do periódico científico, contando certamente com a perspectiva de ampliar o contingente de leitores e de pesquisadores interessados em publicar seus estudos, considerando-se o potencial acadêmico do Centro-Oeste. Ratier explicou que a Rebej tem seções para artigos, relatos de experiência e resenhas que reflitam sobre as teorias e as práticas do ensino de Jornalismo. A revista apresenta periodicidade semestral a partir de 2007 e aceita submissões, em fluxo contínuo, desde de que um dos autores tenha a titulação de doutor e cadastro no ORCID.

A programação do 1º Erejor Centro-Oeste acentuou sua relevância com a presença dos dirigentes máximos da Fenaj e da ABI, respectivamente Octávio Costa e Samira de Castro. O presidente da Associação Brasileira de Imprensa assinalou que a entidade se encontra mais do que nunca empenhada na luta política de assegurar as condições democráticas no cotidiano da sociedade brasileira, manifestando-se com firmeza pela transformação das estruturas comunicacionais, particularmente na atual fase de predomínios das grandes plataformas digitais, na perspectiva de uma regulamentação que não represente censura à imprensa, especialmente aos meios de comunicação do campo extra hegemônico.

A presidenta Samira de Castro afirmou que a Fenaj se associa fortemente à recolocação das pautas pela democratização da comunicação no Brasil e pelas conquistas fundamentais da categoria dos jornalistas, representadas na tríade registro-diploma-conselho. E mais objetivamente anunciou a campanha que a Federação Nacional dos Jornalistas está lançando para a recuperação do diploma em curso superior como condição ao exercício da profissão.  A solicitação e a orientação dos dirigentes das duas entidades são de que arregacemos as mangas e que, repletos de esperanças, na concepção freiriana, nos mobilizemos por condições e dias melhores.

Sendo coerente com as políticas e o histórico da Associação de Ensino de Jornalismo, o 1º Erejor Centro-Oeste buscou traduzir suas intensas atividades em proposições para intervir na realidade educacional, na intenção de produzir respostas para novas e velhas questões, entre problemáticas e potencialidades. Fazemos uso das compreensões de Josenildo Guerra para ilustrar o direcionamento das ações dos cursos e dos demais setores implicados no contexto do Jornalismo. A resposta passaria por uma nova inteligência jornalística, que explore pesquisa aplicada para desenvolver métodos de avaliação de desempenho, gerar diagnósticos sobre problemas e buscar soluções conhecidas ou inovadoras. A qualidade da informação jornalística impacta na qualidade da democracia. Desta forma, ao final, resta o sentimento da elevada pertinência do conteúdo do evento, configuradas nas proposições que seguem.

O conjunto de textos (Resumos Expandidos) que compõe os Anais do 1º Erejor Centro-Oeste cumpre o papel de divulgar os interesses de estudo que permeiam as ações (teóricas e práticas) dos Cursos de Jornalismo das instituições de ensino da região Centro-Oeste, bem como o gerar uma ampla gama de proposições voltadas ao aperfeiçoamento da estrutura e das estratégias organizativas da Associação Brasileira de Ensino de Jornalismo.

 

 

 

 




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Even3 - R. Sen. José Henrique, 231 - Sala 509 - Ilha do Leite, Recife - PE



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Responsável

Jorge Arlan de Oliveira Pereira 

(Diretor Regional Centro-oeste da Abej)

E-mail: jorge.pereira@ufmt.br 


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