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2020, um ano que marcará a nossa história, entre tantos desafios, dores e mortes trazidos pela Pandemia da COVID-19, nós, professores, pesquisadores, pós-graduandos e licenciandos de todo o país, nos reunimos de forma remota, para pensar em uma educação científica diferenciada. Essa reunião se deu por meio do nosso II Encontro de Ensino de Ciências por Investigação (II EnECI), nos dias 14, 15 e 16 de outubro e foi organizado por professores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em parceria com a Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), e com o apoio de diversas outras instituições (USP, UFABC, UFOP, UFJF, UFES, UFVJM).

O II EnECI contou com conferências e mesas redondas que promoveram reflexões profundas e fundamentadas relacionadas ao planejamento, implementação e avaliação do ensino por investigação em nosso país. Em debates intensos e apaixonados, os nossos convidados nos propiciaram um panorama amplo sobre a história, pesquisas, concepções, políticas públicas, mudanças curriculares e práticas pedagógicas que nos forneceram um quadro complexo e desafiador para o desenvolvimento de atividades investigativas nas escolas da educação básica ou no ensino superior. Esse panorama também nos trouxe variados horizontes ricos em experiências exitosas e estimulantes que foram desenvolvidas em salas de aulas nos mais diferentes níveis de aprendizagem.

Um cenário que se apresentou ainda mais iluminado e mais promissor por meio de 40 rodas de conversa que contaram com a apresentação de 232 trabalhos completos, que compõem os Anais do II Encontro de Ensino de Ciências por Investigação, e que se dividem em Relatos de Pesquisa Acadêmica ou Relatos de Experiência Docente. Esses relatos foram submetidos e avaliados por pares, de acordo com os seguintes eixos temáticos: Materiais e estratégias para o desenvolvimento de atividades investigativas; Ensino e aprendizagem baseados no ensino por Investigação; Interações discursivas e argumentação em aulas investigativas; Formação de professores e o Ensino por Investigação; Alfabetização Científica e abordagem CTS em aulas investigativas; Práticas investigativas em espaços não formais; As TIC como estratégia para o ensino por investigação; Inclusão social no Ensino por Investigação; Questões metodológicas na pesquisa com foco no ensino por investigação.

Ao final do II EnECI, acreditamos que participamos mais do que de um encontro de sujeitos com histórias e experiências peculiares, mas que promovemos um movimento que congregou estudiosos do ensino de ciências por investigação. Uma abordagem de ensino que entendemos como uma das muitas estratégias essenciais para se promover processos de ensino e aprendizagem diferenciados e inovadores que possam contribuir na construção de um país mais igualitário, democrático e pautado por princípios de justiça social e pelo respeito a todas formas de se viver e de amar.

Comissão Organizadora II EnECI