SHAKESPEARE E CÉREBRO: A POESIA NO DESENVOLVIMENTO DA EMPATIA

Publicado em 17/01/2023 - ISBN: 978-85-5722-539-8

Título do Trabalho
SHAKESPEARE E CÉREBRO: A POESIA NO DESENVOLVIMENTO DA EMPATIA
Autores
  • Eduarda Isabel Hübbe Pacheco
  • Amanda Evellyn Rodrigues Pimentel
  • Samira Schultz Mansur
Modalidade
Resumo simples
Área temática
Multidisciplinaridade
Data de Publicação
17/01/2023
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/consbran2022/545898-shakespeare-e-cerebro--a-poesia-no-desenvolvimento%a0da-empatia
ISBN
978-85-5722-539-8
Palavras-Chave
Cérebro, poesia, empatia
Resumo
O termo empatia originou-se entre os críticos da arte alemã e expandiu-se através das ciências sociais e humanas, caracterizando-se pela capacidade de inteirar-se das próprias emoções e ponderar sobre a vivência do outro. Foi descrita na literatura pelo médico e neurocientista Paul MacLean (1913-2007) como um comportamento promovido por circuitos corticais e subcorticais envolvidos com emoção, cognição e motivação. Neste sentido, a ativação de áreas cerebrais relacionadas a empatia foi demostrada em estudos de neuroimagem por meio da leitura da poesia de William Shakespeare (1564-1616), sugerindo conexão neural entre mente e sentimento. O objetivo geral desta pesquisa é compreender o desenvolvimento da empatia a partir da poesia de Shakespeare, destacando as áreas cerebrais deste comportamento. Os objetivos específicos são explicar como se manifestam os aspectos emocionais, cognitivos e motivacionais da empatia a partir da poesia de Shakespeare e descrever as áreas cerebrais ativadas por meio desta poesia. A pesquisa é exploratória e indutiva, feita por levantamento bibliográfico na base de dados Science Direct e repositórios científicos e acadêmicos. O compartilhamento de estados emocionais durante a leitura de poesia é observado por meio da ativação de neurônios-espelho, os quais permitem reconhecer-se nas emoções do outro e trazer à tona memórias vivenciadas. Isto pode ocorrer de acordo com a forma com que o autor usa os recursos textuais, os quais influenciam na resposta emocional, cognitiva e motivacional do leitor, tal como se observa nas obras de Shakespeare ao alternar substantivos e verbos, por exemplo, na troca de “lábio” por “beijo”. Essa alternância ativa os giros frontal inferior (processamento gramatical) e fusiforme (integração léxico-semântico) do hemisfério direito, áreas associadas à linguagem. A mudança funcional entre substantivo e verbo estimula processos cognitivos relacionados a memória de longo prazo e atenção ampliada ao recrutar áreas cerebrais como córtex pré-frontal dorsolateral esquerdo, giro cingulado anterior, córtex cingulado posterior e núcleo caudado esquerdo. Outrossim, elementos característicos da poesia (rima, métrica e ritmo) são assimilados pelo sistema dopaminérgico mesolímbico, reforçando valores existenciais como verdade, beleza e empatia. Importante citar que estes valores podem ser aprimorados a partir da poesia desde que haja envolvimento emocional e predisposição individual para este fim. Sugere-se que o leitor de poesia, especialmente das obras de Shakespeare, seja capaz de aprimorar habilidades emocionais, cognitivas e motivacionais ao ativar áreas cerebrais específicas que se relacionam com a linguagem e com a empatia.
Título do Evento
I Congresso Sul-Brasileiro em Neurociências
Título dos Anais do Evento
Anais do I Congresso Sul-Brasileiro em Neurociências
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

PACHECO, Eduarda Isabel Hübbe; PIMENTEL, Amanda Evellyn Rodrigues; MANSUR, Samira Schultz. SHAKESPEARE E CÉREBRO: A POESIA NO DESENVOLVIMENTO DA EMPATIA.. In: . Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/consbran2022/545898-SHAKESPEARE-E-CEREBRO--A-POESIA-NO-DESENVOLVIMENTO%a0DA-EMPATIA. Acesso em: 21/05/2025

Trabalho

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