A IMPORTÂNCIA DO CONSCIÊNCIA CRÍTICA NO ENSINO DE HISTÓRIA: ANÁLISE DA PERCEPÇÃO DOS GRADUANDOS EM PEDAGOGIA

Publicado em 30/01/2020 - ISSN: 2316-266X

DOI
10.29327/112121.8-15  
Título do Trabalho
A IMPORTÂNCIA DO CONSCIÊNCIA CRÍTICA NO ENSINO DE HISTÓRIA: ANÁLISE DA PERCEPÇÃO DOS GRADUANDOS EM PEDAGOGIA
Autores
  • Ana Paula dos Santos Prado
  • Regina Maria de Souza
  • Diogo da Silva Roiz
Modalidade
Comunicação Oral
Área temática
[GT 7] Educação Memória História
Data de Publicação
30/01/2020
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/coninter2019/176899-a-importancia-do-consciencia-critica-no-ensino-de-historia--analise-da-percepcao-dos-graduandos-em-pedagogia
ISSN
2316-266X
Palavras-Chave
Ensino de História; Pedagogia; Consciência histórica.
Resumo
O objetivo deste artigo é analisar a compreensão dos graduandos em Pedagogia de um Centro Universitário do Noroeste Paulista acerca do conteúdo de História, ministrado nas séries iniciais. O primeiro contato das crianças com os componentes curriculares ocorre nas séries iniciais, de modo que se torna relevante questionar se os egressos dos cursos de Pedagogia estão preparados para estimular o desenvolvimento da consciência histórica. A implementação de uma prática pedagógica capaz de abarcar as diversidades, demanda a utilização de metodologias inovadoras, capazes de despertar o espírito crítico e capacidade reflexiva. Apesar de o currículo de graduação em Pedagogia contemplar a disciplina de Metodologia do Ensino de História, os estudantes do curso de Pedagogia, apresentam dificuldade em lidar com o ensino de História por meio de uma prática reflexiva e voltada para a consciência histórica. O referencial teórico utilizado é baseado na teoria de Jörn Rüsen, para o qual a consciência histórica é um elemento fundamental para a estruturação da identidade do homem, se materializando em elemento fundante do desenvolvimento do homem. Os dados foram obtidos por meio de entrevistas semiestruturadas que explicitam que os estudantes são críticos em relação à sua formação, identificando lacunas em seu processo de formação para atuação nas séries iniciais do ensino fundamental, além de analisar com ressalvas as estratégias adotadas em sala de aula pelos docentes. O trabalho foi executado por meio de pesquisa de abordagem qualitativa, com a aplicação de entrevista semiestruturada para 121 graduandos em Pedagogia. As discussões realizadas ao longo deste trabalho mostram que os 121 discentes entrevistados são compostos predominantemente por mulheres, com idade média entre 15 e 24 anos. Elas representam 73 entrevistados, que estão, em sua grande maioria, em seu primeiro curso de graduação e salvo, 3 sujeitos de pesquisa, os demais não atuam com docência. De acordo com Rüsen a história foi orientada, até as últimas décadas do século dezoito, pela perspectiva moral, assim como pelos problemas práticos do cotidiano, em detrimento das questões teóricas ou problemas empíricos da cognição metódica, sendo que mesmo durante o Iluminismo, quando as formas modernas de pesquisa e discurso acadêmicos foram sendo forjadas, historiadores profissionais ainda discutiam os princípios didáticos da escrita histórica como sendo fundamentais para seu trabalho. O fundamento da capacidade que é necessário adquirir por meio do aprendizado histórico, para a orientação temporal da própria vida prática, funda-se na competência narrativa, que interconecta a qualificação necessária ao aprendizado histórico. A experiência representa um objetivo importante do aprendizado histórico, sendo que este deverá se conectar à subjetividade dos receptores, bem como ao estágio atual do tema em estudo. Quanto à referência subjetiva do aprendizado histórico, destaque-se que a intersubjetividade constrói a identidade histórica, de modo que o aprendizado histórico estrutura-se por meio da argumentação racional, que só pode ocorrer se existir uma relação aberta de comunicação entre os indivíduos. Além disso, o aprendizado histórico precisa se organizar de modo que suas múltiplas facetas sejam abarcadas, articuladas e praticadas, de forma dinâmica, devendo ser consideradas, além das questões cognitivas, as estéticas e políticas da consciência e da cultura da história. A educação em história pode ser definida como um processo histórico que pode ser analisado com as ferramentas teóricas e metodológicas da hermenêutica historicista. Anteriormente, a história formal não se relacionava diretamente à essência do saber histórico escolar. A didática da história era responsável por estabelecer os estatutos fundamentais da função educacional do conhecimento histórico e dos objetivos correspondentes para o ensino de história nas escolas. Disseminava-se o que Rüsen denominou de didática oculta, que era responsável pela reprodução dos estudos históricos, configurando-se em uma cópia ou reprodução didática. O aprendizado histórico pode, portanto, ser compreendido como um processo mental de construção de sentido sobre a experiência do tempo através da narrativa histórica, na qual as competências para tal narrativa surgem e se desenvolvem. A narrativa histórica pode ser entendida como aprendizado, no momento em que as competências necessárias sejam obtidas por meio do que o autor denominou de função produtiva do sujeito, em que a história seja apontada como fator de orientação cultural na vida cotidiana e prática do indivíduo. Para o autor é fundamental que a história deixe de ser aprendida como uma simples absorção de um conjunto de conhecimentos entendidos como positivos. Deve ser entendida como resultado de elaborações acerca do conhecimento acumulado, que é apropriada ao longo do caminho percorrido no aprendizado e que se materializa em fator de determinação cultural da vida prática humana. É importante que o conhecimento se constitua em um elemento que possa ser questionado, adquirido por meio da aplicação prática, transformado em elemento do discurso para que possa contribuir para a construção da identidade histórica dos sujeitos que interagem no contexto social. No que concerne aos graduandos em Pedagogia entrevistados, os 121 discentes entrevistados são compostos predominantemente por mulheres, com idade média entre 15 e 24 anos. Elas representam 73 entrevistados, que estão, em sua grande maioria, em seu primeiro curso de graduação e salvo, 3 sujeitos de pesquisa, os demais não atuam com docência. Para 19 dos 26 entrevistados é importante estudar os acontecimentos históricos para desenvolver uma consciência crítica do presente. Quando questionados sobre a Metodologia de Ensino que consideravam mais adequada para o ensino de História, 17 entrevistados mencionam as aulas explicativas/expositivas com auxílio de filmes, vídeos e documentários. Quanto ao posicionamento dos graduandos sobre as metodologias utilizadas pelos professores, nas séries iniciais, para a formação da consciência histórica, sobre a relação entre a história e o cotidiano e por fim sobre seu entendimento da importância do ambiente escolar para aquisição da consciência histórica, estes entendem, em sua maioria, que a formação da consciência histórica se dá por meio do aprendizado escolar, mas também por meio das experiências cotidianas vivenciadas pelos educandos. Também compreender que existe uma relação direta entre a experiência prática do cotidiano e o ensino de história. A escola é preponderantemente entendida como a forma fundamental de se se desenvolver a consciência histórica.
Título do Evento
VIII CONINTER
Cidade do Evento
Maceió
Título dos Anais do Evento
Anais do VIII CONINTER
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital
DOI

Como citar

PRADO, Ana Paula dos Santos; SOUZA, Regina Maria de; ROIZ, Diogo da Silva. A IMPORTÂNCIA DO CONSCIÊNCIA CRÍTICA NO ENSINO DE HISTÓRIA: ANÁLISE DA PERCEPÇÃO DOS GRADUANDOS EM PEDAGOGIA.. In: Anais do VIII CONINTER. Anais...Maceió(AL) Unit/AL, 2019. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/coninter2019/176899-A-IMPORTANCIA-DO-CONSCIENCIA-CRITICA-NO-ENSINO-DE-HISTORIA--ANALISE-DA-PERCEPCAO-DOS-GRADUANDOS-EM-PEDAGOGIA. Acesso em: 06/07/2025

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