EM UM LUGAR INDIVIDUALIZADO HÁ A CONSTRUÇÃO DO DISCURSO HISTORIOGRÁFICO ARTÍSTICO

Publicado em 26/12/2024 - ISBN: 978-65-272-0969-0 | ISSN 2236-0719

DOI
10.29327/coloquiocbha2023.623488  
Título do Trabalho
EM UM LUGAR INDIVIDUALIZADO HÁ A CONSTRUÇÃO DO DISCURSO HISTORIOGRÁFICO ARTÍSTICO
Autores
  • Maria Elizia Borges
Modalidade
Comunicação (para membros do CBHA)
Área temática
Urdiduras metodológicas
Data de Publicação
26/12/2024
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/coloquiocbha2023/623488-em-um-lugar-individualizado-ha-a-construcao-do-discurso-historiografico-artistico
ISBN
978-65-272-0969-0 | ISSN 2236-0719
Palavras-Chave
Cemitérios brasileiros; Construções funerárias; Séculos XIX e XX
Resumo
Um dos motivos que me levou a escolher o cemitério como local de minha pesquisa foi a investigação que resultou na tese de doutorado defendida na ECA/USP (1991). A base da minha reflexão foi debruçar sobre o fenômeno da arte funerária que coincide no recorte temporal da “era de ouro dos cemitérios” (1860-1930), conforme atesta o historiador Michel Vovelle. A arquitetura e a estatuária funerária produzida pelos artesãos de Ribeirão Preto foi derivada na tradição italiana, com montagens ecléticas - valores neoclássicos e neogóticos - uma construção simbólica alicerçada na ostentação que atendia o gosto e o comportamento da burguesia vigente. A partir desta opção encaminhamos a nossa pesquisa no sentido de ampliar e aprofundar o estudo em outros cemitérios brasileiros, outros marmoristas e na produção também de escultores funerários para apreender melhor o entendimento sobre o papel da morte e do espaço do morto no século XIX e XX. Dentro do contexto da história da arte existe uma dificuldade de relacionar os estilos artísticos com as temáticas da arte funerária, pois nem sempre eles caminham juntos; de fazer conexões entre o assentamento arquitetural e o paisagístico dada a complexidade do espaço do cemitério; de verificar o teor escultórico e as leituras iconográficas devido à grande variedade existente. Seguimos, então, para uma pesquisa de campo que possibilitou a criação de um acervo vasto sobre os cemitérios brasileiros. Tal documentação possibilitou a realização de livros e artigos de temáticas variadas estimulados pelos eventos do CBHA e da ABEC. Trata-se de uma pesquisa de caráter interdisciplinar que abarca conhecimentos de história da arte; história das mentalidades; história da morte e história cultural. Ampliamos também o leque de observação para analisar túmulos de “patrimônio modesto”. A minha participação nos programas de pós-graduação da FAV e da História na UFG expandiu o referencial teórico deste discurso historiográfico artístico focado também nas questões de memória alicerçadas na tradição e na “áurea simbólica” dos monumentos. Questões que sempre nortearam a referida pesquisa: demonstrar o reconhecimento do cemitério como local artístico e social; observar em que momento e lugar a produção funerária se torna menos dependente dos valores artísticos europeus; verificar a ampliação dos bens iconográficos presentes nas construções tumulares.
Título do Evento
43º Colóquio do Comitê Brasileiro de História da Arte
Cidade do Evento
Juiz de Fora
Título dos Anais do Evento
Urdiduras metodológicas: escolhas e disposições na pesquisa em história da arte. Anais do 43º Colóquio do Comitê Brasileiro de História da Arte
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital
DOI

Como citar

BORGES, Maria Elizia. EM UM LUGAR INDIVIDUALIZADO HÁ A CONSTRUÇÃO DO DISCURSO HISTORIOGRÁFICO ARTÍSTICO.. In: Urdiduras metodológicas: escolhas e disposições na pesquisa em história da arte. Anais do 43º Colóquio do Comitê Brasileiro de História da Arte. Anais...Juiz de Fora(MG) Museu de Arte Murilo Mendes – MAMM, 2024. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/coloquiocbha2023/623488-EM-UM-LUGAR-INDIVIDUALIZADO-HA-A-CONSTRUCAO-DO-DISCURSO-HISTORIOGRAFICO-ARTISTICO. Acesso em: 20/06/2025

Trabalho

Even3 Publicacoes