DIVERSIDADE ÉTNICO-RACIAL NO ENSINO SUPERIOR: A CONSTRUÇÃO DE UMA POLÍTICA DE AÇÕES AFIRMATIVAS

Publicado em 14/01/2025 - ISBN: 978-65-272-1084-9

Título do Trabalho
DIVERSIDADE ÉTNICO-RACIAL NO ENSINO SUPERIOR: A CONSTRUÇÃO DE UMA POLÍTICA DE AÇÕES AFIRMATIVAS
Autores
  • MORGANA DOMENICA HATTGE
Modalidade
Comunicação Individual
Área temática
Eixo Temático 10 - Educação, movimentos sociais, etnias e gênero
Data de Publicação
14/01/2025
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/cbhe2024/843674-diversidade-etnico-racial-no-ensino-superior--a-construcao-de-uma-politica-de-acoes-afirmativas
ISBN
978-65-272-1084-9
Palavras-Chave
Inclusão, Políticas afirmativas, Diversidade racial
Resumo
O Ensino Superior, no Brasil, desde a sua instauração, foi organizado de modo elitista e excludente. Nos últimos anos, as universidades públicas passaram a contar com uma maior diversidade étnico-racial, a partir da promulgação da Lei de cotas, em 2012. Porém, as universidades não públicas, em grande medida, seguem recebendo um número muito inferior de estudantes negros e indígenas, por exemplo, em relação aos estudantes brancos matriculados nos cursos de graduação (nosso foco neste estudo). A Universidade do Vale do Taquari - Univates, instituição localizada no RS, a 100km da capital gaúcha, sendo uma instituição comunitária, não-pública, percebe essa baixa presença de estudantes negros e indígenas em seus cursos de graduação, sejam eles presenciais ou na modalidade a distância. Segundo dados do IBGE, no Rio Grande do Sul, em 2021, o histórico percentual de população residente conforme as diferentes etnias é o seguinte: a etnia negra é de 5,7%, parda é de 13,22%, enquanto a população branca é de 80,81%. Na Univates, no ano de 2021, a quantidade de alunos por etnia está representada nos seguintes percentuais, considerando as modalidades presencial e à distância: negros 0,92%, 3,88% de pardos, 0,02% indígenas , amarelos 0,26% e brancos 86,56%, e 8,36% não quiseram declarar. Os números deixam clara a necessidade de uma intervenção institucional nesse sentido. Sendo assim, desde 2022 o Planejamento Estratégico da instituição passa a contar com um Projeto de inclusão étnico-racial. Com o objetivo de construir uma Política de ações afirmativas, o Núcleo de Acessibilidade e Inclusão da Instituição, juntamente com a Diretoria de Pessoas, institui um grupo de trabalho. Porém, a exemplo dos estudantes, o número de funcionários negros na instituição também é inexpressivo. Assim, o grupo percebe a necessidade de conversar com as lideranças dos movimentos negros da região, bem como com das comunidades quilombolas e indígenas, pois entende-se que não seja possível construir uma política que inclua as populações negras e indígenas da região sem que elas façam parte desse processo. O que essas conversas com as lideranças vem mostrando até o momento é que é preciso abrir a universidade para a participação dessas populações pela via da cultura, da arte e do entretenimento, inicialmente, para que eles sintam-se convidados e acolhidos pela instituição. Além disso, faz-se necessário um trabalho de educação antirracista junto às escolas desde a Educação Infantil ao Ensino Médio, de modo que esse panorama do racismo estrutural que constitui as relações em nossa sociedade seja rompido e as crianças e jovens cresçam considerando a possibilidade de inserção nos mais diversos espaços sociais, sem restrições. Além desse movimento importante de aproximação com os movimentos sociais, outras importantes ações estão sendo desenvolvidas na instituição, como a criação de um Fórum de discussão intitulado “Racismo Estrutural e suas implicações no ambiente universitário”, que congrega estudantes, professores e funcionários com o objetivo de compreender o funcionamento do racismo que constitui o tecido social e do qual a universidade não está isenta. Muito ainda há por se fazer, mas entende-se que reconhecer as relações excludentes pode ser o primeiro passo para a instituição de uma cultura mais inclusiva na instituição.
Título do Evento
XII Congresso Brasileiro de História da Educação
Cidade do Evento
Natal
Título dos Anais do Evento
Anais do XII Congresso Brasileiro de História da Educação
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

HATTGE, MORGANA DOMENICA. DIVERSIDADE ÉTNICO-RACIAL NO ENSINO SUPERIOR: A CONSTRUÇÃO DE UMA POLÍTICA DE AÇÕES AFIRMATIVAS.. In: Anais do XII Congresso Brasileiro de História da Educação. Anais...Natal(RN) Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/cbhe2024/843674-DIVERSIDADE-ETNICO-RACIAL-NO-ENSINO-SUPERIOR--A-CONSTRUCAO-DE-UMA-POLITICA-DE-ACOES-AFIRMATIVAS. Acesso em: 13/07/2025

Trabalho

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