{{viewModel.configuracaoAnais.tituloAnais}}

As primeiras décadas do  século XXI, no cenário educacional, têm sido marcadas por políticas  curriculares que incorporaram, de maneira recorrente e consistente, o  discurso da unidade nacional. O processo de elaboração e, atualmente,  implantação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) nos estados  e municípios brasileiros, e nesse sentido o “Currículo Paulista” ilustra bem esse cenário. Nesse contexto, espaços de discussão e debate sobre as diversas dimensões do currículo a partir de abordagens plurais  se faz necessário. 

Desta forma, possibilitar o diálogo interdisciplinar sobre aspectos  relacionados ao currículo e aos estudos curriculares, torna-se a principal importância do evento,  promovendo um espaço para refletir sobre a agenda  educacional brasileira e paulista frente aos desafios do século XXI. Os desafios a serem abordados se relacionam com formas de (re)existência voltadas à  redução das injustiças e desigualdades sociais no âmbito educacional, por meio das diferentes possibilidades e entendimentos do currículo. Outro fator importante é o caráter de integração acadêmica do evento, com a prerrogativa de criar e  fortalecer redes de pesquisa, ensino e extensão da Unesp dentro do Estado de São Paulo, e na interlocução com pessoas e instituições nacionais e internacionais.  O fato de ser online favorece essa interlocução pela possibilidade de participação de pessoas das mais diversas localidades.

A realização do 7º Seminário sobre Currículo, Cultura e Identidade: diálogos de (re)existência(s) em tempos de pandemia, no ano de 2021, realizado totalmente de forma online, trouxe uma referência especialmente significativa aos 100 anos de nascimento de Paulo Freire. A temática “(re)existência(s)” é uma inspiração na trajetória e legado do educador brasileiro, considerando seu forte compromisso com a construção dos caminhos da educação na (re)democratização da sociedade brasileira. 

Nesta sétima edição, o evento buscou articular os processos educacionais com as dinâmicas de transformação e reconstrução do fenômeno curricular em tempos de pandemia. Os estudos curriculares  e a área de educação estão desafiados por um contexto de retrocesso nas conquistas de direitos, nas políticas sociais e educacionais; no qual fortalecem-se políticas neoliberais, o conservadorismo nas relações políticas e éticas, aprofundam-se as desigualdades, violências, discriminações e intolerâncias.

Diante desse cenário o 7º Secculti se propôs a promover: diálogo amplo com os diferentes atores sociais no, do e sobre currículo;  visibilidade e socialização de  práticas educativas e de pesquisa no campo do currículo; discussão sobre desigualdades e disparidades entre os estudos curriculares e formulação de políticas educacionais; integração acadêmica, com a prerrogativa de criar e  fortalecer redes de pesquisa, ensino e extensão, configurando-se em um fórum para compartilhamento de conhecimentos e troca  de experiências entre a universidade e sociedade.

Como resultado, congregamos, aproximadamente, 130 pessoas como participantes em palestras, conferências e simpósios, e uma grande parcela dessas como apresentadores de trabalhos de pesquisa ou educacional, bem como a presença  de especialistas que pesquisam no âmbito da educação nas cinco  regiões do Brasil e também em outros países da América Latina, da  América do Norte e da Europa, marcando, também, o compromisso com a construção dos caminhos de afirmação da democracia brasileira.