FABRICAÇÃO DE CANUDOS ATRAVÉS DA EXTRAÇÃO DA FIBRA DE COCO VERDE

Publicado em 13/04/2020 - ISBN: 978-65-990852-0-8

Título do Trabalho
FABRICAÇÃO DE CANUDOS ATRAVÉS DA EXTRAÇÃO DA FIBRA DE COCO VERDE
Autores
  • Gabriella Perpétua Ferreira Guimarães
  • Samantha das Chagas Xavier
  • Kênia Leandro
Modalidade
Resumo
Área temática
Categoria C - Ensino Médio e Técnico - Ciências Exatas
Data de Publicação
13/04/2020
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/7febrat/175909-fabricacao-de-canudos-atraves-da-extracao-da-fibra-de-coco-verde
ISBN
978-65-990852-0-8
Palavras-Chave
coco, fibra, canudo, sustentabilidade, plástico
Resumo
O Fórum Econômico Mundial relatou a existência de 150 milhões de toneladas métricas de plásticos nos oceanos e que caso o consumo de plástico siga no mesmo ritmo de hoje, cientistas preveem que haverá mais plástico do que peixes no oceano até 2050 (ÉPOCA NEGÓCIOS, 2018). Amparados no conceito de sustentabilidade, realizou se um trabalho que visa o desenvolvimento sustentável, um estudo de técnicas para solucionar o problema de acúmulo e excesso de produção de lixo, principalmente quanto ao resíduo plástico, além da criação de um produto que seja monetariamente viável em sua fabricação (BRASIL, 1998). A escolha desse projeto é justificada devido aos problemas ambientais, como apresentado, a produção excessiva de lixo prejudicial à vida. Os canudos feitos à base da fibra de coco verde, podem ser uma alternativa para diminuir a gravidade desses problemas, alterando os processos produtivos dos canudos consumidos diariamente, pois representam 4% de todo o lixo plástico do mundo e, por serem produzidos de polipropileno e poliestireno, não são biodegradáveis, podendo levar até mil anos para se decompor no meio ambiente (LEGNAIOLI, 2018), além de que aproximadamente 85% do peso bruto do coco verde é constituído pelas cascas que atualmente são acumuladas em lixões ou às margens de estradas (CORRADINI, Elisângela et al, 2009). Para obter os resultados e respostas acerca da problematização apresentada neste estudo, estão sendo realizados processos físico químicos para obtenção da fibra de coco verde. O processo de purificação utilizado foi baseado no método de Meirelles (2007), o que levou a necessidade dos procedimentos descritos a seguir. Primeiramente adicionou-se água destilada à fibra e deixou-se em repouso por 1 hora. Depois de transcorrido o tempo, o sistema foi filtrado. Adicionou-se solução de 0,25M hidróxido de sódio (NaOH) e após 18 horas, removeu-se a solução do meio. Em seguida, a fibra foi colocada em refluxo com três porções sucessivas de uma mistura de 20%v/v de ácido nítrico (HNO3) e etanol (C2H5OH), com quantidade suficiente para cobrir toda a massa presente. A cada hora, a mistura reacional foi trocada, removendo-se o líquido sobrenadante e adicionando os reagentes puros. Nessa etapa, a mistura ácida tem a função de eliminar os extrativos presentes na fibra, como carboidratos, ácidos, ligninas, cinzas e açúcares (CANILHA et al., 2007). Ao término da realização dos refluxos, a casca foi lavada com água deionizada e colocada para secar em estufa a 100°C por cerca de 2 horas. Apesar de já terem sido realizados diversos testes para a obtenção da estrutura do canudo ainda não foi encontrado um procedimento viável para a proposta do estudo. Algumas das práticas realizadas com esse intuito foram: A plastificação através do glicerol (C3H8O3) e do amido ((C6H10O5)n), em que foi obtida uma proporção ideal entre os reagentes e a amostra de 1 grama de fibra de coco pulverizada. A plastificação através da gelatina comercial, em que foi realizada uma mistura com a gelatina e com a fibra pulverizada e o método de síntese do acetado de celulose adaptado de Bührer (1966), em que foi adicionado para cada grama da amostra 9,5mL de ácido acético glacial (CH3COOH), 4,6 mL de anidrido acético (C4H6O3) e lentamente 2,7 mL de ácido sulfúrico (H2SO4) concentrado. Colocou se o sistema no agitador orbital, sob rotação de 170 rpm em temperatura de 25°C. Depois de completadas 6 horas de reação, foi adicionada água deionizada, até que não houvesse mais a formação de precipitado. Filtrou-se a mistura a vácuo, lavando com água destilada, para retirar o excesso de ácido remanescente. O material foi seco em estufa 45°C por cerca de 6 horas. Algumas das razões pelas quais os procedimentos citados para obter a estrutura do canudo não se enquadram foi: a consistência da massa (muito mole), a polaridade (apolar), a temperatura e quantidade dos reagentes adicionadas na síntese do acetado de celulose. O estudo ainda está em andamento e está sendo testando uma nova adaptação do Bührer (1966). Portanto, busca-se um resultado satisfatório com a produção do canudo e espera-se que seja possível fazer a reutilização do produto por diversas vezes levando com que a quantidade de lixo plástico que causa poluição tanto ambiental, quanto visual se reduza.
Título do Evento
7ª Feira Brasileira de Colégios de Aplicação e Escolas Técnicas - 7ª FEBRAT
Cidade do Evento
Belo Horizonte
Título dos Anais do Evento
Anais a 7ª Feira Brasileira de Colégios de Aplicação e Escolas Técnicas - 7ª FEBRAT
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

GUIMARÃES, Gabriella Perpétua Ferreira; XAVIER, Samantha das Chagas; LEANDRO, Kênia. FABRICAÇÃO DE CANUDOS ATRAVÉS DA EXTRAÇÃO DA FIBRA DE COCO VERDE.. In: Anais a 7ª Feira Brasileira de Colégios de Aplicação e Escolas Técnicas - 7ª FEBRAT. Anais...Belo Horizonte(MG) Centro Pedagógico da UFMG, 2020. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/7febrat/175909-FABRICACAO-DE-CANUDOS-ATRAVES-DA-EXTRACAO-DA-FIBRA-DE-COCO-VERDE. Acesso em: 10/07/2025

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