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O Encontro da Biologia Vegetal é um evento anual, iniciativa de alunos da Pós-Graduação em Biologia Vegetal – PPGBV – da Universidade Federal de Pernambuco, com o apoio de docentes e do Colegiado do Programa. O evento tem como objetivo central divulgar e popularizar o conhecimento gerado pelas linhas de pesquisas que compõem o PPGBV. O evento foi criado em 2016 e vem sendo realizado anualmente, tendo sido suspenso em 2020 e 2021 devido à pandemia. Tem como público-alvo alunos de graduação e recém-formados nas diversas áreas relacionadas à Biologia Vegetal, mostrando as oportunidades de ensino e pesquisa no Programa de Pós-Graduação em Biologia Vegetal.  

Este ano o 7º EBV ocorreu de forma presencial no Centro de Biociências da UFPE entre os dias 23 e 25 de julho de 2025. O tema desse ano busca propor uma reflexão urgente sobre como as plantas estão respondendo às mudanças climáticas e qual o papel da biologia vegetal na construção de futuros sustentáveis. 

A planta símbolo do 7º EBV

A planta símbolo do 7º EBV foi o Umbuzeiro (Spondias tuberosa Arruda).

É uma árvore icônica da Caatinga, um bioma exclusivamente brasileiro que desafia as secas e o calor extremo do semiárido nordestino. Seu nome, do tupi-guarani ymbu, "árvore que dá de beber", traduz sua notável capacidade de armazenar água em raízes tuberosas. Essa adaptação vital permite-lhe prosperar em condições hídricas adversas, tornando-o um símbolo de resistência e esperança em meio às secas.

Seu papel ecológico ganha ainda mais relevância diante das mudanças climáticas. Com o aumento da frequência e intensidade das secas, o umbuzeiro se torna fundamental para a resiliência do ecossistema, ajudando a conservar a biodiversidade e a estabilizar o solo, prevenindo erosões e a degradação ambiental. Além disso, ele serve de suporte para outras plantas, abrigando epífitas e microrganismos em suas raízes e casca, o que contribui para a complexidade e a riqueza da vegetação local. 

O umbuzeiro transcende a definição de uma simples árvore; ele é um símbolo da resistência da Caatinga diante das mudanças climáticas e das adversidades do tempo. Ele representa a capacidade de adaptação e a esperança de um futuro onde a harmonia entre o homem e a natureza possa ser restaurada. Sua presença constante, ano após ano, reafirma que, mesmo nos períodos mais difíceis, a vida pode florescer, desde que saibamos cuidar dela com respeito e sabedoria.