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Apresentação
APRESENTAÇÃO
Isaac Itamar de Melo Costa
Samuel Barbosa Silva
Dirce Jaeger
Erasmo da Silva Ferreira
O Grupo de Estudos e Pesquisas
em Análise de Discurso Pecheutiana da UPE propôs, na terceira edição de sua
Jornada de Estudos, pensar em novas discursividades, subjetividades, posições e
lugares. Esse é um exercício analítico que implica questionar os discursos
dominantes e a formação das identidades, e que passa pelo ato de prescindir da
linguagem, desconfiar dela. Enquanto sujeitos afetados pela Análise de
Discurso, nós assumimos a tarefa de questionar as estruturas sedimentadas pelo
óbvio, investigando, assim, as diferentes determinações históricas,
ideológicas, culturais, imaginárias e inconscientes que atravessam a produção
do sentido e dos sujeitos. Nossa III Jornada nos incitou a refletir acerca das
novas formas de comunicação e de uso de linguagens que apontam para a
multiplicidade de experiências e realidades vividas por diferentes grupos
sociais, sempre em relação a um lugar e a uma posição no discurso. Coube,
ainda, indagar sobre a formação dessas identidades, indo além das categorias
tradicionais binárias de gênero, raça e classe, objetivando tanto criar espaços
para vozes antes marginalizadas e silenciadas, quanto questionar o
funcionamento de índices como a influência e a representatividade em sua
relação com o discurso. A tarefa continuou sendo a de manter viva a sedição
incitada por Pêcheux: a de romper com o comodismo do pensamento e com o efeito
de obviedade, ousando, assim, pensar por si mesmo.
O eixo temático Discurso,
Política, Ideologia e História se pretendeu a reunir os trabalhos
interessados em observar as diferentes manifestações do simbólico nas práticas
sociais. Estes não são bons tempos, nem para aqueles que tentam conservar as
relações sociais, nem muito menos para os que almejam transformá-las. A
complexidade e a ambiguidade que circundam questões como liberdade, ideologia,
democracia e verdade são reflexos da tensão que traduz a luta pelas demandas
sociais. Será necessário voltar o olhar para os efeitos produzidos por essas
disputas, na busca pela compreensão das contradições que sustentam e atravessam
as formações numa conjuntura sócio-histórica.
O eixo Discurso, mídia,
dissidências e minorias sociopolíticas se voltou ao exame da questão que circunda o fato de que os grupos minoritários são frequentemente descritos como
aqueles com desvantagem ou marginalização dentro de uma sociedade, seja em
termos de raça, etnia, gênero, orientação sexual, religião, deficiência, entre
outros aspectos. A mídia, por sua vez, desempenha um papel fundamental na
disseminação de discursos, influenciando a percepção pública e moldando as
representações sociais. Nesse contexto, as dissidências e minorias muitas vezes
são marginalizadas, silenciadas ou estereotipadas nos discursos midiáticos
dominantes. As perspectivas das dissidências e minorias, por vezes, são
negligenciadas ou distorcidas, perpetuando desigualdades e preconceitos. Isso
pode resultar em uma representação inadequada das experiências, identidades e
demandas desses grupos. Além da investigação dessas relações, este eixo
temático se propôs a pôr em destaque a força contrária à discriminação, a
possibilidade de criação de espaços e plataformas para a amplificação das vozes
das dissidências e minorias, redes em que se expressam experiências, lutas e
demandas.
Já em Discurso, Sujeito,
Cultura, Arte e Psicanálise, a conexão entre sujeito, arte, discurso e
psicanálise envolveu a compreensão do sujeito como categoria complexa, exposta
à falta e sujeita à falha, influenciada sobremaneira pelas determinações da
ideologia, da cultura e pela ação do inconsciente. Essas relações se expressam
tanto pela língua quanto pela criação artística. O discurso desempenha um papel
fundamental na construção do sentido e na elaboração dos processos psíquicos.
Este eixo temático buscou explorar essas relações, dando visibilidade ao
funcionamento de aspectos simbólicos e inconscientes que permeiam a experiência
subjetiva.
A proposta do eixo Discurso,
Língua e interfaces teóricas: outros diálogos foi a de proporcionar a oportunidade de
ampliar as discussões que circundam o campo do discurso: provocar, repensar as
fronteiras, redimensionar os objetos e as materialidades. Ao ampliarmos o
escopo, fazemos referência à formação inicial da análise de discurso como
teoria de tensão, que não se propõe a ser interdisciplinar, mas, sim, a pôr em
confronto diferentes leituras sobre o discurso e sobre a língua, levando em
consideração os pontos de convergência e de afastamento, de atravessamento e de
complementariedade.
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Responsável
Grupo de estudos e pesquisa em análise de discurso da Universidade de Pernambuco
IG: https://www.instagram.com/gepadupe/
E-mail: gepadupe@gmail.com
R. Cap. Pedro Rodrigues - São José, Garanhuns–PE, 55294-902
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