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Apresentação

O I SEMINÁRIO NACIONAL ARAUCÁRIAS EM REDES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL se constitui como um evento acadêmico que patrocinou uma aliança entre pesquisa, extensão e difusão do conhecimento. A organização esteve a cargo do Programa de Pós-Graduação em Ambiente e Sustentabilidade (PPGAS) e da Rede Araucárias, ambas vinculadas à Universidade Estadual do Rio grande do Sul (UERGS), polo de São Francisco de Paula/RS. O esforço que reuniu um leque de pessoas para articular a primeira edição selecionou uma temática orientada pelo debate a respeito de questões postas como alinhamento das perspectivas postas pela conjuntura atual, dos avanços à vista com mudanças de gestão, permanências de sonhos ou entraves nos caminhos tracejados, porquanto se agiliza uma formação de uma rede de educação ambiental. Trata-se de uma rede articulada a partir das diferentes formas de difusão do conhecimento sobre o ecossistema, os processos que se dedicam à dimensão da adesão subjetiva às práticas socioambientais e os resultados obtidos nas mais diversas atividades acadêmicas.

O subtítulo do evento aventa uma pretensão ampliada “A institucionalização das políticas de EA em rede: avanços, perspectivas, permanências, formação em rede e currículos”.

Ao longo de três décadas a conjuntura em busca da institucionalização das políticas de EA possui nuances ou solavancos. Neste interim três dimensões podem ser apontadas: a emergência da legislação, a criação de espaços específicos na gestão do Estado nacional e as mobilizações da sociedade civil com ampliação das bases de sustentação e proliferação de práticas. As negociações indicam intercâmbios em que se destacou a concretização de audiências públicas e consultas, congressos, conselhos e plenárias. A disposição de criar um Órgão Gestor e um Comitê Assessor aos órgãos governamentais, compreende as interfaces de representantes de entidades da sociedade civil junto aos organismos estatais. De qualquer forma, este encadeamento de institucionalização situa-se em meio à conflitualidade ou disputas pelo controle dos processos sociais. Daí decorrem duas questões díspares: as ênfases a serem dadas às temáticas e às práticas socioambientais; institucionalização por vezes incorpora a questão da participação, mas por vezes em discordância com a transformação tão evidenciada por autores na literatura sobre EA.

Neste contexto, os participantes do evento apostam na força da ação docente, como algo sutil e significativa, com táticas e estratégias, reverberando como pequenas formas de subversão dos panoramas do cotidiano. Entra em campo o paradoxal entre o que os atores do sistema, os pais, os gestores aguardam como resultado e as táticas para projetar perspectivas de avanços em meio às permanências e relacionadas às oportunidades oferecidas pelas circunstâncias.

Na Rede Araucárias possui alto apreço a ótica da interdisciplinaridade, sob cujos aspectos estão centrados os encaminhamentos do seu planejamento e de suas práticas pedagógicas. Na crítica às relações sociais e ao processo de desenvolvimento com uso desmedido dos bens ambientais se situa o surgimento de novas redes de educação ambiental, as quais com seus saberes, conhecimentos, fazeres e práticas sociais advogam uma outra relação com o meio ambiente. No caso particular. a Rede Araucárias planejou o seu I Seminário para reafirmar o firme propósito, o desejo ardente em torno de um projeto coletivo de desenvolvimento de práticas educativas inovadoras, que por sua vez obtivessem um forte impacto pessoal e profissional dos partícipes, bem como se estendendo à sociedade de uma maneira geral para difundir cuidados com os bens naturais.

A Conferência de abertura “Formação Docente e Emergências Climáticas na Educação Básica” foi proferida pela Profa. Dra. Rachel Trajber (CEMADEN/MCTI). Ela possui doutorado em antropologia, foi coordenadora de Educação Ambiental do MEC, atua no Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de desastres naturais. Abordou na conferência a dimensão de aprendizagem significativa, relevante e pertinente para uma interlocução entre ciência e práticas cotidianas. Uma epistemologia da mudança e para a mudança visando a transição paradigmática foi uma ótica preconizada em se tratando da abordagem de emergências climáticas na educação básica. A educação ambiental poderá ter uma papel transformador e protagonista ao incorporar uma abordagem científica dos riscos socioambientais, das emergências climáticas, da degradação da biodiversidade pela ausência de cuidados com os bens naturais.

A conferência de enceramento proferida pela Profa Dra. Michèle Sato (UFMT), sob a temática “a epistemologia das ruas nas fotopoéticas da pandemia”. A autora possui formação interdisciplinar, com doutorado e pós-doutorado em educação e fundadora do GPEA (grupo pesquisador em educação ambiental, comunicação e arte). A autora discorreu sobre os resultados de uma pesquisa efetuada a propósito das expressões da arte diversificada visualizada pelas ruas tendo como foco mais preciso a pandemia do Covid-19. Os dados coletados se referem a artes de rua, com foco especial nos muros e nas esculturas, bem como o registro por meio de imagens e peças de arte revelando objetos de proteções e máscaras. Nestes registros entrelaçam-se também a biodiversidade, a ciência, a solidariedade, o significado político da vulnerabilidade grupos sociais. As imagens apresentadas na exposição não podem ser reproduzidas neste texto em seu grau de humor e irreverência. Em termos gerais os artistas se professam pelo politicamente correto, ao endossar a proteção pelas máscaras e vacinas, bem como os cuidados ambientais. Como homenagem póstuma publicamos uma versão transliterada de sua exposição.

Quanto aos GTs reconhecendo a sua relevância no debate, apontamos neste instante aqueles que obtiveram envios de resumos e se realizaram durante o Seminário. O GT1 versou sobre “Educação Ambiental e Infâncias” suscitou debates profícuos de como desde o nascedouro se estabelece um nexo entre bens naturais e atividades humanas, de tal forma que a sustentabilidade pode estar presente nas trajetórias individuais e coletivas, dando oportunidade para inovar a aprendizagem.

O GT 2 abordou o nexo entre “Educação Ambiental e Juventudes” com trabalhos que analisavam processos socioambientais e o protagonismo juvenil. As diferentes categorias juvenis possuem peculiares relacionamentos com a problemática ambiental e também estão capacitadas em elaborar diagnósticos, bem como práticas diferenciadas.

O GT 3 centrou o seu foco nas conexões entre “Educação Ambiental e Comunidades/Cidades” para recordar que o território urbano se constitui como um espaço ambiental e socialmente construído. As representações sociais que revelamos a propósito de comunidades e de cidades possui nexo imediato com a capacidade de expressar uma visão de sustentabilidade, bem como existe um caráter pedagógico ao abordar as causas e as consequências ambientais o fato de a maioria da população habitar cidades.

O GT 5 expos entendimento a propósito da “Educação Ambiental e Políticas Públicas”, como duas dimensões inseparáveis ou se posicionam como dois pressupostos indissolúveis. Conhecer as leis, os princípios, os documentos é importante, mas isto representa somente a fase inicial de uma trajetória bem sucedida com práticas pedagógicas que levam a sério os limites dos bens naturais. O debate integrado entre as duas temáticas é uma tarefa permanente, ou seja, é um processo de aprendizagem social.

O GT 6 trouxe à tona à complexidade na forma das relações entre “Educação Ambiental: Sustentabilidade, Preservação e Consumo” ou paradoxos vigentes em nossas trajetórias e territórios. Nos diálogos proporcionados se tratou de como operar uma gestão democrática envolvendo as noções chaves do GT, ambicionando uma possível ressignificação da construção de saberes por sujeitos com a transformação do imaginário insustentável.

O GT 8 retratou uma temática mormente conhecida “Educação Ambiental: Currículo e Formação Docente” como um aspecto cuja permanência e urgências parecem sempre atuais. O debate despertou a curiosidade para o desenvolvimento do cuidado como o outro e assim reconhecer o processo de institucionalização da EA. Cabe ainda destacar que tanto o currículo, quanto a formação são espaços em que diferentes interpelações se encontram em disputa.

O GT 9 versou sobre o reconhecido entrosamento entre saberes e visões de mundo com “Educação Ambiental em perspectiva Interdisciplinar”. Os desafios para uma versão interdisciplinar na abordagem do real compareceram como um elemento constitutivo para sistematizar um conhecimento que seja o suficientemente eloquente diante de múltiplas adversidades da EA. O cenário da educação tem muito a aprender com fundamentos teóricos e metodológicos que se pautam pela interdisciplinaridade.

O I seminário também contou com oficinas ou mini-curos, como um evento que visava propiciar abrangentes oportunidades para apresentar lagos ou diversificados espaços para debates favoreceu a dimensão interdisciplinar, abarcando questões teóricas e práticas socialmente relevantes. O fomento da Educação Ambiental requer encantamento, discernimento, práticas inovadoras e narrativas, gerando tendências, diálogos e concepções que vem permeando os processos de uma vida sustentável. Apresentamos as diferentes atividades realizadas que revelam muito da realidade da Educação Ambiental e sua capacidade de replicar em novas oportunidades: 

1) Percepção Sociodramatica da Educação Ambiental por Harrysson Luiz da Silva(docente da UFSC) e Antonia Benedita Teixeira (mestranda em Desastres Naturais - UFSC)

2) Geoturismo e a importância da conservação ambiental(Luciane de Carvalho Pereira e Equipe Técnica Geoparque Caminhos dos Cânions do Sul)

3)  Experiências interdisciplinares nas trilhas interpretativas do CEAAK- Igrejinha/RS, por Bianca SteiglederBazzan (Coordenadora CEAAK)

4) Turismo na Escolapor José Junior (Turismólogo) e Vanessa Spíndola (Geoparque Caminhos Canion do Sul).

5) Escrita científica na Educação Ambiental, por Daniela Costa Menezes (UERGS; Doutoranda PPGEC/UFRGS)

6)A temática “Crimes Ambientais” nos Anos Finais do Ensino Fundamental, por Luiz Fernando Quevedo (Ms em Ambiente e Sustentabilidade/PPGAS UERGS).

Estas oficinas se reportaram à institucionalização da Educação Ambiental, à formação de redes de intercâmbio nesta área temática, às práticas inovadoras que suscitam o desenvolvimento de sujeitos ecológicos. E como tal trataram da “Institucionalização das Políticas de EA em Rede: Avanços, Perspectivas, Permanências, Formação em Rede e Currículos”. Nunca é demais reforçar, diante da crise ambiental e dos conflitos de interpretação, que a educação ambiental se forja por redes de concepções, de cooperações, de diálogos e disputas por sentidos para uma desastrosa relação sociedade-natureza.

A Mostra Vídeos Araucárias é uma ação da Rede Araucárias para dar visibilidade às ações de Educação Ambiental realizada pelas Redes de Ensino participantes. Nesta edição contamos com dois vídeos, “Vivências do Berçário II” e “Os Encantos da Natureza”, realizados por docentes do município de Igrejinha em classes de Educação Infantil.

Por fim, concluímos que a realização do Iº Seminário, entre tantas outras dimensões e aprendizados, também foi uma aventura, uma trilha nas sendas das intempéries, com solavancos e tropeços. A conjuntura social, cultural e política no território em que habitamos nos impulsionou para perseguir uma tentativa de delinear indicadores para interpelar, questionar, identificar avanços e/ou retrocessos no campo da educação ambiental. Os debates e as experiências relatadas apontam para a situação delicada em que se encontra o corpo teórico estruturado e as perspectivas metodológicas a respeito da educação ambiental.




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Even3 - R. Sen. José Henrique, 231 - Sala 509 - Ilha do Leite, Recife - PE



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Responsável

Rosmarie Reinehr



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