COMO CRESCE UMA CIDADE? A GESTÃO DE ESPAÇOS E VIDAS RESIDUAIS AO LONGO DE FORTALEZA

Publicado em 22/09/2022 - ISSN: 2175-6880

Título do Trabalho
COMO CRESCE UMA CIDADE? A GESTÃO DE ESPAÇOS E VIDAS RESIDUAIS AO LONGO DE FORTALEZA
Autores
  • Wellington Ricardo Nogueira Maciel
Modalidade
Trabalho Completo
Área temática
GT 11: SOCIOLOGIA E A CIDADE
Data de Publicação
22/09/2022
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/12snsep/479662-como-cresce-uma-cidade-a-gestao-de-espacos-e-vidas-residuais-ao-longo-de-fortaleza
ISSN
2175-6880
Palavras-Chave
cidade; crescimento; gestão; resíduo.
Resumo
Nos últimos anos, Fortaleza, a exemplo de outras cidades no mundo, cresceu bastante em termos de território e população, dando origem a fenômenos sociais complexos que exigem novos enfoques analíticos e novos problemas de investigação. Se por um lado, questões tradicionais sobre conurbação, segregação ou dispersão urbana continuam a informar agendas de pesquisa sobre a cidade, por outro lado, um modo frutífero de fornecer novas problemáticas emergiu com os estudos sobre o Estado e suas margens. O objetivo deste trabalho é analisar como cresce uma cidade e como esse crescimento é gerido nas dobras do urbano, com destaque para as práticas estatais de abertura/fechamento, interiorização/exteriorização, demolição/construção do espaço nas margens. O campo empírico compreende dois bairros da periferia pobre de Fortaleza onde tem lugar a implementação de políticas municipais e estaduais (de juventude, de penalidade, de urbanismo, de segurança pública, de esporte e lazer etc) para a gestão de populações e territórios em resposta às urgências atuais (aumento do número de homicídios e da urbanização) no contexto da governamentalidade neoliberal: o bairro Jangurussu, região que possui um dos menores índices de desenvolvimento humano e antigo aterro sanitário; e o bairro Itaperi, onde se localiza o antigo presídio IPPOO I em processo de demolição para dar lugar a um parque urbano. A escolha dos dois bairros se justifica devido à maneira singular como espaços urbanos residuais e resíduos materiais e corpóreos são objetos de gestão do crescimento territorial e populacional da cidade. O argumento principal destaca o modo como esse crescimento pode ser lido a partir do dispositivo de gestão de espaços e vidas residuais que se delineia nas periferias urbanas por meio de estratégias variadas a cargo do Estado. Do ponto de vista metodológico, as noções de escala e cartografia são mobilizadas com o intuito de rastrear as conexões entre os elementos empíricos heterogêneos que circulam ao longo de espacialidades que atravessam bairros e regiões dentro e fora de Fortaleza no âmbito de uma renovada economia do poder. Essa opção metodológica privilegia um olhar sobre a cidade a partir dos fluxos e agenciamentos que conformam práticas, discursos e coisas diversas nas margens, tais como, espaços urbanos, equipamentos, prisões, protocolos jurídicos, sanções punitivas, arquiteturas, recursos etc. Nesse sentido, cartografar escalas espaciais de fluxos de resíduos materiais e humanos pressupõe uma postura de abertura por parte do pesquisador em relação às combinações que surgem em locais inusitados e em permanente processo.
Título do Evento
12º Seminário Nacional Sociologia & Política
Título dos Anais do Evento
Seminário Nacional Sociologia & Política UFPR
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

MACIEL, Wellington Ricardo Nogueira. COMO CRESCE UMA CIDADE? A GESTÃO DE ESPAÇOS E VIDAS RESIDUAIS AO LONGO DE FORTALEZA.. In: Seminário Nacional Sociologia & Política UFPR. Anais...Curitiba(PR) UFPR, 2022. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/12snsep/479662-COMO-CRESCE-UMA-CIDADE-A-GESTAO-DE-ESPACOS-E-VIDAS-RESIDUAIS-AO-LONGO-DE-FORTALEZA. Acesso em: 01/12/2024

Trabalho

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