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O X Colóquio Internacional de Políticas Curriculares | VI Seminário Nacional do Grupo de Pesquisa Currículo e Práticas Educativas | III Simpósio da Região Nordeste Sobre Currículo, realizado em 02, 05 e 06/09/2020, teve como objetivo refletir sobres as reinvenções que se impõem nesse momento de padronização sobre a Política Curricular Nacional, o que justifica nosso investimento na discussão e ampliação do debate em âmbito acadêmico. Para tanto, abordamos a temática “SEM LEI NEM REI, ME VI ARREMESSADO”: por outros projetos políticos de currículo, tema muito bem aceito pela comunidade acadêmica e público-alvo do evento.

Essa aceitação pode ser constatada pelo número de participantes do evento que chegaram a 463 participantes, entre eles: professores, pesquisadores, profissionais e estudantes (Graduação e Pós-graduação) do Ensino Superior. Além de professores e outros profissionais da Educação Básica, oriundos das redes estaduais, municipais e privadas de ensino. O evento chegou a receber 153 submissões de manuscritos de diferentes pesquisadores nacionais e internacionais.

Entre as modalidades de inscrição, os dados coletados do sistema do evento mostram que o evento contou com uma expressiva participação de professores da Educação Básica, com mais de 200 inscrições. O que para nós está relacionado com os temas que o evento vem problematizando, bem como aos convidados que temos trazido para refletir tais questões.

2022… foi um ano de celebração, 20 anos de existência com o “X Colóquio Internacional de Política Curriculares”. A décima edição teve o tema mobilizado pelo soneto “A infância”, de Ariano Suassuna, e pela obra “Deusa da Justiça” do artista plástico Clóvis Junior, ambos paraibanos, com o intuito de problematizar o cenário político (inter)nacional e suas implicações para as políticas curriculares nacionais, que deram significado a algumas formas de ser/estar/sentir “lançados”, sobre o que ainda não conhecemos.

Com cicatrizes e feridas, ainda abertas, estamos pagando o preço do período pós golpe, evidenciados na crise político-jurídica-sanitária instaurada no país e estarmos no luto não reconhecido, considerando os desafios da pandemia da covid-19. De todo modo, no processo em que nossos pés não tocam o chão, há que se pensar em outros projetos políticos de currículo. Sugar o néctar da instabilidade, planar com a leveza das asas das borboletas e questionar: ordens, discursos, poderes e saberes que buscam sedimentar as verdades fora dos seres. Desenhos externos, exteriorizados à existência e a cultura dos tantos “eus”.

Assim, devido ao momento complexo que atravessamos, em que nos deslocamos de um surto pandêmico, o evento foi pensado de modo híbrido. Tem como objetivo geral: contribuir com os debates em torno das novas políticas curriculares nacionais, dialogando com a comunidade acadêmica e com os/as profissionais da Educação Básica do Brasil e do exterior.

Nessa dança sem chão, arremessados em busca de outras possibilidades políticas de pensar a vida, convidamos toda gente, a participar e evidenciar os seus sonhos e cantos, com outras leis e sem reis. Recompor a vida sem negar o despedaçado. Apontemos para o sol.