A Transição Energética no Mar e o Futuro da Economia do País

A Transição Energética no Mar e o Futuro da Economia do País

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A Transição Energética no Mar e o Futuro da Economia do País

A crescente demanda por soluções sustentáveis no setor marítimo coloca a Transição Energética no centro das discussões sobre o futuro econômico global. O Brasil, com sua vasta costa, tradição marítima e protagonismo na produção de energias renováveis, desempenha papel estratégico nesse cenário, consolidando-se como um dos principais atores nas negociações internacionais voltadas à descarbonização do transporte marítimo.

A Organização Marítima Internacional (IMO), agência especializada da ONU, é o principal fórum global para a definição de políticas e regulamentações sobre emissões de gases de efeito estufa (GEE) no setor marítimo. Em 2025, a IMO aprovou o Net-Zero Framework, primeiro marco regulatório internacional para a redução das emissões de GEE no transporte marítimo, estabelecendo metas ambiciosas para atingir a neutralidade de carbono até 2050.

Esse acordo histórico prevê a adoção de medidas técnicas, como o aprimoramento da eficiência energética dos navios, e econômicas, incluindo mecanismos de precificação de carbono, fundamentais para sinalizar aos mercados a necessidade de investimentos em tecnologias limpas. O Brasil teve papel relevante nesse processo, defendendo uma transição justa, que considere as especificidades dos países em desenvolvimento e promova o acesso a tecnologias sustentáveis.

Nesse contexto, destaca-se o potencial dos biocombustíveis como alternativas para a redução de emissões.

Além disso, a transição energética no mar está diretamente associada à segurança energética, à geração de empregos qualificados e ao fortalecimento da economia azul. A diversificação da matriz energética, aliada ao desenvolvimento de novas cadeias produtivas ligadas à construção naval, à engenharia offshore e à pesquisa científica, impulsiona a inovação tecnológica e estimula o crescimento econômico sustentável.

Por outro lado, os desafios são expressivos. A necessidade de adaptar frotas, criar infraestrutura adequada para combustíveis alternativos e desenvolver marcos regulatórios nacionais alinhados às diretrizes internacionais requer esforços coordenados entre governo, Marinha, indústria e academia. O Brasil, por meio da sua Representação Permanente junto à IMO e da articulação entre esses setores, tem se posicionado como referência na construção de soluções integradas para o futuro do transporte marítimo sustentável.

O caminho à frente inclui a implementação das medidas previstas no IMO Net-Zero Framework, o fortalecimento da pesquisa e inovação, e a promoção de políticas públicas que assegurem a competitividade da indústria nacional nesse novo contexto energético.

Assim, a transição energética no mar não é apenas uma exigência ambiental, mas uma oportunidade estratégica para transformar o Brasil em um hub global de tecnologias sustentáveis, impulsionando a economia azul e consolidando a liderança do país na governança internacional dos oceanos.

Saiba mais assistindo a palestra “Transição Energética no Mar e o Futuro da Economia do País”, que será realizada no dia 26 de junho próximo, a partir das 10h, na qual apresentará um panorama abrangente do papel do Brasil nas negociações internacionais voltadas para a descarbonização do transporte marítimo.

Transmissão ao vivo



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Palestrante: Almirante de Esquadra José Augusto Vieira Cunha de Menezes

         

          ◼ Profissional com sólida experiência em liderança estratégica, gestão operacional e desenvolvimento de projetos no setor nuclear e de defesa, atuando as mais altas posições na Marinha do Brasil e em organismos internacionais.

◼ Atuação na supervisão de programas estratégicos da área nuclear, incluindo o PROSUB, com foco no desenvolvimento e operação de submarinos, garantindo inovação e autonomia tecnológica nacional.

◼ Experiência na formulação e implementação de políticas navais e marítimas, assessorando decisões estratégicas sobre energia nuclear, segurança e infraestrutura, em articulação com órgãos nacionais e internacionais.

◼ Expertise na gestão de projetos industriais e tecnológicos de grande porte, incluindo a produção, aquisição e manutenção de meios navais e aeronavais, além do acompanhamento de contratos e parcerias com empresas.

◼ Coordenação de iniciativas de governança global no setor marítimo e nuclear, representando o Brasil na IMO, participando de negociações multilaterais e garantindo alinhamento regulatório com padrões internacionais.

◼ Ampla vivência na liderança de equipes multidisciplinares, planejamento estratégico e supervisão de operações, com atuação em temas de alta complexidade, essenciais à defesa, desenvolvimento e soberania nacional.

EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL

Mar/2024 – Atual 

Representação Permanente do Brasil junto à International Maritime Organization (IMO), Londres, Reino Unido

Representante Permanente:

◼ Representação institucional do Brasil na IMO, conduzindo negociações internacionais, participando de discussões regulatórias e articulando interesses nacionais em fóruns multilaterais sobre governança marítima global.

◼ Coordenação de relações institucionais com Estados-Membros, organismos intergovernamentais e entidades

privadas, promovendo cooperação estratégica, acordos técnicos e alinhamento regulatório.

◼ Interface com a Comissão Coordenadora dos Assuntos da IMO e o Corpo Diplomático do Ministério das Relações Exteriores, assegurando alinhamento das políticas nacionais às diretrizes globais do setor marítimo e portuário.

◼ Monitoramento de normativas internacionais e tendências do setor, propondo diretrizes para atualização das políticas brasileiras, assegurando conformidade com padrões globais e defesa dos interesses estratégicos do país.

Abr/2020 – Abr/2023 

Emgepron – Marinha do Brasil

Presidente do Conselho de Administração:

◼ Definição das diretrizes estratégicas e supervisão da gestão corporativa, assegurando alinhamento das operações aos objetivos institucionais. Aprovação de planos de investimentos, orçamento e políticas operacionais.

◼ Acompanhamento e fiscalização da atuação da Diretoria, com análise de relatórios financeiros e operacionais, monitoramento de riscos e garantia de conformidade com normas regulatórias e boas práticas de governança.

◼ Assessoramento da Diretoria em decisões estratégicas, com avaliação de oportunidades de negócios, definição de projetos e ajustes na estrutura organizacional para otimização da eficiência e competitividade da empresa.

1987 – 2024 Marinha do Brasil

Chefe do Estado-Maior da Armada (2022 – 2024):

◼ Assessoramento do Comandante da Marinha na definição de diretrizes estratégicas, supervisão das operações navais e administrativas e avaliação de políticas institucionais para otimização da gestão da Força.

◼ Formulação da doutrina, política e planejamento estratégico da Marinha, elaboração de diretrizes operacionais e

administrativas e monitoramento da implementação de iniciativas voltadas à eficiência institucional.

◼ Coordenação da Comissão Coordenadora dos Assuntos da IMO, articulação com órgãos nacionais e internacionais e representação da Marinha em fóruns estratégicos para alinhamento de políticas marítimas e regulatórias.

Membro do Almirantado (2020 – 2024):

◼ Assessoramento do Comandante da Marinha na formulação das Políticas Marítima e Naval, participação em decisões estratégicas e orientação sobre projetos estruturantes, incluindo iniciativas do setor nuclear.

◼ Supervisão dos Programas Estratégicos da Marinha, como o acompanhamento de iniciativas de desenvolvimento da energia nuclear. Coordenação de ações para fortalecimento da segurança e autonomia tecnológica do setor.

◼ Acompanhamento do PROSUB, fiscalização da implantação do programa de submarinos convencionais e nucleares, articulação com entidades públicas e privadas para avanço da tecnologia nuclear aplicada à defesa.

Diretor-Geral do Material da Marinha (2020 – 2022):

◼ Supervisão dos estudos para definição de diretrizes de produção, manutenção e pesquisa de materiais navais, incluindo o desenvolvimento de tecnologias estratégicas e o aprimoramento da capacidade operacional da Marinha.

◼ Gerenciamento de projetos, construção, aquisição e manutenção de navios, aeronaves e equipamentos, incluindo o ESM e a Superintendência de Manutenção de Submarinos S-BR (CMS-SUB), infraestrutura essencial ao PROSUB, garantindo suporte ao ciclo de vida dos meios operativos.

◼ Supervisão das atividades da Diretoria Industrial da Marinha e do Arsenal de Marinha do RJ, em especial sobre Life Cycle Management dos meios da Marinha. Participação como membro do Conselho de Acompanhamento das Fragatas Classe Tamandaré e articulação com a ThyssenKrupp Marine Systems para gestão contratual.

Comandante do 1° Distrito Naval (2018 – 2019):

◼ Comando do Exercício de Resposta à Emergência Nuclear, sob coordenação do GSI da Presidência da República.

Gestão da articulação entre órgãos civis e militares, aplicação de protocolos de segurança e mitigação de riscos.

◼ Coordenação das operações, supervisionando logística, segurança e manutenção de meios navais. Monitoramento das unidades subordinadas, garantindo diretrizes estratégicas, prontidão operacional e eficiência administrativa.

Chefe de Gabinete do Comandante da Marinha (2016 – 2018):

◼ Assessoria ao Comandante da Marinha na formulação e implementação de diretrizes estratégicas, coordenação da comunicação institucional, análise de documentos oficiais e articulação com altos escalões das Forças Armadas.

◼ Supervisão da gestão administrativa do gabinete, acompanhamento de pautas institucionais, planejamento de reuniões e eventos oficiais, elaboração de pareceres técnicos e apoio na tomada de decisões estratégicas.

Comandante do Contratorpedeiro Pará (2004 – 2006):

◼ Supervisão da operação e condução do navio a vapor, garantindo a segurança da navegação, o desempenho dos sistemas de propulsão e a gestão da caldeira de 1.200 psi, com parâmetros similares aos de um reator nuclear PWR.

Imediato do Contratorpedeiro Paraíba (1997 – 1999):

◼ Suporte ao Comandante na condução do navio, garantindo a operação da caldeira e a eficiência do sistema. Supervisão do treinamento para qualificação e requalificação da tripulação, assegurando padrões operacionais.

Instrutor de Máquinas da Escola de Máquinas do Centro de Instrução Almirante Wandenkolk (1995 – 1997):

◼ Instrução sobre máquinas e equipamentos de navios, incluindo sistemas de geração de energia elétrica e Defesa

Nuclear, Biológica, Química e Radiológica (NBQR). Capacitação de pessoal na operação, manutenção, procedimentos de segurança e melhores práticas.

Chefe de Máquinas e Encarregado da Divisão de Eletricidade da Fragata Defensora (1987 – 1992):

◼ Coordenação da manutenção e treinamento dos sistemas de geração de energia, Defesa NBQR e controle de avarias, incluindo geradores, proteção à radiação, pressurização de cidadelas e combate a incêndios.

FORMAÇÃO ACADÊMICA

2011 Doutorado em Ciências Navais, Escola de Guerra Naval ∙ RJ.

Título: O Domínio do ciclo do combustível nuclear pelo Brasil: as consequências Políticas e Comerciais no Cenário Internacional. Perspectivas futuras.

2011 MBA em Gestão Internacional, COPPEAD / UFRJ ∙ RJ.

2000 Mestrado em Ciências Navais, Escola de Guerra Naval ∙ RJ.

1987 Curso de Aperf. de Máquinas para Oficiais, Centro de Instrução Almirante Wandenkolk ∙ RJ.

1983 Bacharelado em Ciências Navais com Habilitação em Mecânica, Escola Naval ∙ RJ.

Inscrições

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