Auditório CUR/UFR - Rondonópolis - Mato Grosso - Brasil
PROJETO PET/INTERDISCIPLINAR 2019-2020
Contexto
O Sistema Municipal de Saúde de
Rondonópolis possui quarenta unidades de saúde da família, cinco núcleos de
apoio (NASF), uma policlínica, dois hospitais de grande porte, um hospital de
apoio à estratégia de saúde da família e uma unidade de pronto atendimento.
Dois modelos de atenção à saúde predominam nesses serviços: biomédico e
sanitarista, desafiando os cursos de graduação da área da saúde para
modificação dessa realidade. Nestes
cenários, a Universidade Federal de Mato Grosso tem a oportunidade de dispor
das unidades do sistema municipal de saúde para desenvolvimento das atividades
de ensino, pesquisa e extensão.
Articulação ensino-serviço-comunidade
Em se tratando da articulação
ensino-serviço-comunidade, as instituições pretendem potencializar as ações por
meio de estratégias promotoras de práticas colaborativas e educação
interprofissional em saúde, proporcionando o compartilhamento dos saberes para
modificações curriculares alinhadas às Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs)
dos cursos de graduação em saúde, com a valorização de estratégias ligadas aos princípios
da interprofissionalidade e intersetorialidade, como fundamento da mudança na
lógica da formação dos profissionais e na dinâmica da produção do cuidado.
Durante a execução do projeto, as ações dos seis grupos serão problematizadas e
questionadas por meio dos momentos de reflexão das práticas entre os diferentes
integrantes, seja da SMS ou da IES.
Diagnóstico da situação atual dos cursos nos eixos de intervenção
Adequação dos cursos às Diretrizes
Curriculares Nacionais com foco na Interprofissionalidade:
Os cursos da Universidade Federal
de Mato Grosso, Campus Universitário de Rondonópolis, tem objetivado a
interprofissionalidade, visando a interação de diferentes campos e núcleos de
saber e o aprimoramento da qualidade do cuidado. Dentre as diferentes
iniciativas, destaca-se o Curso de Medicina que tem o seu currículo com foco
nas metodologias ativas do processo de ensino aprendizagem, articulando todos
os seus professores e preceptores em três eixos integrados: tutorial, interação
comunitária e habilidades médicas. Esses eixos são conduzidos por docentes de
diferentes áreas de atuação, possibilitando múltiplos olhares para o percurso a
ser seguido pelo discente durante a sua formação. Recentemente, o Projeto
Pedagógico do Curso foi reformulado, buscando atender as exigências das
Diretrizes Curriculares Nacionais vigentes, essa reestruturação aconteceu com
base na participação ativa de representantes de todos os grupos de trabalho,
além da participação dos discentes. A reformulação viabilizou por exemplo, o
eixo de Interação Comunitária, articulando atividades interprofissionais entre
enfermeiros, farmacêuticos, médicos, nutricionistas e psicólogos, integrando os
semestres do curso e propiciando mudanças como: inserção do acadêmico no campo
de prática desde o primeiro ano de curso, avaliação e intervenções no
território, avaliação e intervenção de famílias, construção de projetos
terapêuticos singulares e discussões de casos clínicos.
O Curso de Enfermagem,
possibilitou a formação de alguns de seus professores em educação, processos
educacionais com ênfase em metodologias ativas e participação de docentes em
doutorados interdisciplinares. Essas iniciativas motivaram os docentes a
buscarem a reestruturação curricular com foco nas metodologias ativas. Diante
disso, vem acontecendo encontros a cada início de semestre, no qual estão sendo
discutidas novas estratégias para propiciar mudanças curriculares. À partir do
terceiro semestre os acadêmicos iniciam atividades de discussão de caso, com
vistas a interprofissionalidade, tanto no contexto da atenção básica, quanto em
outros pontos da rede. O curso tem contado com duas residências
multiprofissionais, sendo uma em Saúde Coletiva e outra na Saúde Do Adulto e
Idoso, o que tem propiciado a prática da interprofissionalidade tendo em vista
que ambas são compostas por diferentes profissionais enfermeiros, psicólogos,
farmacêuticos e nutricionista, e seus respectivos tutores e preceptores. Além
disso, o curso tem realizado projetos de extensão e pesquisas contribuindo para
a cultura da interprofissionalidade.
Recentemente o Curso de
Psicologia tem utilizado algumas estratégias inovadoras de aprendizagem
significativa, inserindo estudantes para o acompanhamento das atividades dos
residentes em diferentes unidades de saúde da família e no contexto hospitalar,
proporcionando a troca de saberes entre os residentes, profissionais e
estudantes.
O Curso de Biologia tem se aproximado dos
demais cursos da área da saúde, apesar do curso ser antigo no município, a
habilitação para bacharelado é recente, essa condição pretende provocar novas
mudanças e integrar os docentes, proporcionando maior envolvimento acadêmico
entre professores-professores, professores-discentes, discentes- discentes e
comunidade. O Curso de Biologia contempla algumas disciplinas que se integram
as ações interprofissionais que viabiliza a promoção e prevenção da saúde.
As mudanças mais significativas
aconteceram por intermédio das ações do PET e das Residências
Multiprofissionais em Saúde, possibilitando a construção conjunta do
planejamento e intervenções na realidade (unidades de saúde), além da execução
de pesquisas interprofissionais.
Iniciativas de educação e trabalho interprofissional em saúde alinhadas
aos processos de mudança curricular:
Os cursos tem desenvolvido
estratégias que viabilizam o processo de mudança curricular, incluindo as
possibilidades de educação e trabalho interprofissional:
- Territorialização, construção
do mapa-vivo em conjunto com os profissionais de saúde das unidades; -
Mapeamento e articulação com equipamentos sociais do território;
- Visitas domiciliarias
interprofissionais, juntamente com os integrantes das equipes de saúde,
acadêmicos de graduação e pós-graduação e docentes;
- Discussões de casos, fatores de
risco e proteção, objetivos de cuidado, metas, Construção de Projetos
Terapêuticos Singulares; acompanhamento e planos de intervenção;
- Fortalecimento das ações de
matriciamento em saúde;
- Áreas verdes, entre os cursos,
principalmente para o desenvolvimento de ações de pesquisa e extensão;
- Construção do cuidado de modo
interprofissional, reuniões de caso na universidade e nas unidades, envolvendo
estudantes, docentes e equipe de saúde;
- Consolidação de grupos
tutoriais para construção coletiva do conhecimento entre diferentes cursos de
graduação (PET e disciplinas optativas);
- Simulação da prática com o
laboratório de simulação clínica do campus; - Viagem educacional por meio do
cine-viagem;
- Adoção de metodologias
inovadoras do processo de ensino aprendizagem, principalmente: PBL, TBL,
Problematização, Espiral Construtivista, Reflexão da Prática, Viagem
Educacional
- Avaliação formativa, destacando
o uso portfólio.
Promoção da integração ensino-serviço-comunidade com foco no
desenvolvimento do SUS a partir dos elementos teóricos e metodológicos da EIP:
- Discussão dos casos clínicos na
universidade com a participação de profissionais da atenção básica;
- Construção de documentários
envolvendo acadêmicos, docentes e profissionais dos diferentes serviços do
sistema municipal de saúde;
- Construção conjunta de
pesquisas interprofissionais;
- Reestruturação de protocolos,
fluxogramas na buscando melhorias na qualidade da assistência;
- Oferta de cursos de
especialização do PROADI-SUS com docentes dos cursos da IES como facilitadores
do processo de ensino-aprendizagem;
- Estímulo à comunicação
interprofissional, residente-graduando-profissional-docente;
- Atenção centrada no paciente,
família e comunidade (principalmente ao assumir o modelo de atenção às
condições crônicas, o método paideia de análise e co-gestão de coletivos;
- Construção de fluxogramas analisadores, e
itinerários terapêuticos para subsidiar a construção de linhas de cuidado e
melhor funcionamento das equipes;
- Utilização de metodologias
inovadoras de ensino aprendizagem e simulação da prática para discutir a
perspectiva ampliada de cuidado, novos temas em saúde, participação social relações
interprofissionais, necessidades de saúde e condições de trabalho;
- Dinâmicas de grupo, observação
participante e apoio institucional para discutir: papéis, liderança, decisões
coletivas e gestão de conflitos;
- Aprendizagem com foco nas
etapas do modelo de atenção às condições crônicas: autocuidado apoiado,
intervenção nas condições de saúde e gestão de casos (proporcionando a
interação de diferentes profissionais para resolver situações mais complexas);
- Discussões acerca dos conceitos
e aplicabilidade dos princípios do SUS, principalmente da integralidade.
Desenvolvimento da docência e da preceptoria na saúde para utilização
dos fundamentos teóricos- conceituais e metodológicos da EIP:
As principais estratégias
pedagógicas adotadas para utilização dos fundamentos teórico-conceituais e
metodológicos da EIP estão na capacitação dos docentes e preceptores para
desenvolvimento de metodologias inovadoras como aprendizagem baseada em
problemas, espiral construtivista, aprendizagem baseada nas observações,
aprendizagem baseada na prática, simulações e interações entre
estudantes-comunidade-preceptores-docentes. A interação com a comunidade em
projetos de pesquisa e extensão, e no ensino em diferentes disciplinas dos
cursos, por exemplo: interação comunitária e ao final dos cursos os estágios
obrigatórios/internatos com foco em práticas colaborativas, valorizando
ferramentas de gestão da clínica e as necessidades de saúde dos
usuários-família e comunidade.
Para o desenvolvimento da
Docência:
- Plano para Formação de mestres
e doutores;
- Formação em Processos
Educacionais em Saúde com Ênfase em Metodologias Ativas para docentes dos
cursos de enfermagem, medicina, psicologia e biologia;
- Curso de iniciação à docência;
- Curso de ambiente virtual de
aprendizagem e objetos educacionais;
- Condução de disciplinas com
ênfase nas metodologias inovadoras do processo de ensino- aprendizagem;
- Construção de espaços de escuta
e reflexão entre docentes e discentes.
Para o desenvolvimento de
Preceptores:
- Formação interprofissional
conjunta dos preceptores com docentes e estudantes (espaços em reuniões de
equipe para educação permanente - serviço, e reflexão da prática -
universidade);
- Construção conjunta com
graduandos de diagnóstico situacional, planejamento e intervenções individuais,
coletivas e no território;
- Discussões de casos em campo
prático e construção de projetos terapêuticos singulares; - Visitas
domiciliarias interprofissionais e atendimentos em conjunto ou interconsultas.
Definição dos processos de mudança a serem desenvolvidos no ano 1,
estabelecendo objetivos e estratégias para atingi-los e resultados esperados:
G1:
Processo de Mudança:
Problematização do processo de trabalho, utilização de ferramentas da gestão da
clínica para práticas colaborativas;
Objetivos: Problematizar a
prática dos sujeitos envolvidos no cuidado; Discutir a utilização de
ferramentas de gestão da clínica e função apoio;
Estratégias: Construção de grupos
tutoriais para discussão de casos, projetos terapêuticos singulares, visitas
domiciliarias, matriciamento e desenvolvimento da função apoio.
Resultados Esperados: Articulação
dos sujeitos envolvidos no processo de mudança; efetivação das estratégias de
matriciamento, consulta conjunta, construção de projetos terapêuticos, clínica
ampliada.
G2:
Processo de Mudança: Investigação
dos processos de gestão a partir da Vigilância em Saúde;
Objetivos: Construir indicadores
para problematização e fundamentação do planejamento das ações da gestão em
saúde; Estimular as ações colaborativas entre ensino-serviço como estratégia
para a formação interprofissional;
Estratégias: Oficinas de
problematização das práticas de tomada de decisões; Grupos de tutoria para
estudo, pesquisa e execução das ações.
Resultados Esperados: Discussão
interprofissional e intersetorial dos Relatórios Quadrimestral e Anual de
Gestão; Formação de profissionais em serviço a partir de práticas
colaborativas.
G3:
Processo de Mudança:
Territorialização e reconhecimento das demandas do território- comunidade;
Objetivos: Identificar os
problemas e potencialidades dos territórios, com a participação ativa da
comunidade, profissionais de saúde e acadêmicos; Planejar ações para resolução
de problemas, a partir da sua compreensão e pelo compromisso com os envolvidos
no processo;
Estratégias: Realizar a
territorialização com utilização da epidemiologia para identificar os fatores e
condições pertinentes aos processos de saúde-doença na ESF; Identificar atores
e equipamentos sociais; Inserir acadêmicos no território, produzir vínculo e
abordagens participativas no trabalho com a comunidade; Promover espaços de
discussão e reflexão entre ensino-serviço-comunidade;
Resultados Esperados:
Planejamento das ações da ESF a partir da territorialização e da integração
entre ensino-serviço-comunidade; Elaboração de um plano de fortalecimento da
APS para o território da ESF.
G4:
Processo de Mudança: Viabilizar
momentos de reflexão da prática envolvendo profissionais-docentes-estudantes,
estimulando a educação interprofissional; ofertar disciplina comum aos
diferentes cursos.
Objetivos: Estimular a colaboração
interprofissional acerca do cuidado integral, agir profissional, trabalho em
equipe, necessidades de saúde e condições de trabalho; Investigar os projetos
políticos pedagógicos com vistas a educação interprofissional e direcionamento
ensino-serviço-comunidade.
Estratégias: Utilizar
Metodologias Participativas (oficinas, rodas de conversa, círculo de cultura);
Resultados Esperados:
Fortalecimento da relação entre ensino-serviço-comunidade com articulação
interprofissional entre docentes/preceptores/graduandos/pós-graduandos.
G5:
Processo de Mudança: Investigar o
fluxo assistencial e as ações de autocuidado, considerando as doenças crônicas,
negligenciadas e populações vulneráveis.
Objetivos: Analisar os fluxos
assistenciais; Estimular autocuidado e atuação interprofissionais.
Estratégias: Avaliar o estado de
saúde do indivíduo e família; estimular o autocuidado apoiado e construir
projetos terapêuticos.
Resultados Esperados: Diagnóstico
dos fluxos assistenciais, estabelecimento de rotinas para atendimento
interprofissional no manejo de condições crônicas.
Ações a serem desenvolvidas no ano 1:
Ações Comuns aos Grupos:
- Criação de grupos de tutoria
para trabalho dos seguintes temas, por meio da Espiral Construtivista:
Metodologias Inovadoras e Ativas no Processo de Ensino Aprendizagem; Colaboração
Interprofissional; Contextualização Histórica das Políticas de Saúde;
Conferências; Sistemas Universais de Saúde; Modelos de Atenção à Saúde; Reforma
Sanitária e Sistema Único de Saúde; Contextualização do PACS/PSF/ESF; Redes de
atenção à saúde, Modelo de atenção às condições crônicas; Diagnóstico
situacional e territorialização; Saúde Paidéia; Gestão em Saúde.
- Construção e socialização de
portfólios;
- Estruturação de oficinas de
trabalho; Rodas de Conversa e Viagem Educacional;
- Realizar a territorialização
com utilização de estudos epidemiológicos partindo do diagnóstico situacional;
- Identificar os atores e os
equipamentos sociais;
- Realização de projetos terapêuticos
singulares e visitas domiciliárias interprofissionais, instituindo
matriciamento e desenvolvimento da função apoio.
- Elaboração de Projetos de
Pesquisa com valorização da Interprofissionalidade priorizando a pesquisa
convergente assistencial;
- Criação dos cursos de
aperfeiçoamento para desenvolvimento da função apoio (à saúde da família,
matricial e institucional) e de aperfeiçoamento em preceptoria;
- Criação de espaços protegidos
para reflexão das práticas com gestores, profissionais, conselho municipal de
saúde, entidades representativas, discentes e tutores;
- Construção e desenvolvimento de
projetos aplicativos e de intervenção;
- Avaliação processual e
formativa das ações: roda avaliativa, avaliação entre pares, auto avaliação,
avaliação 360o, dentre outras.
Definição dos processos de mudança a serem desenvolvidos no ano 2,
estabelecendo objetivos e estratégias para atingi-los e resultados esperados:
G1:
Processo de Mudança: Redefinição
do processo de trabalho na Rede de Atenção à Saúde com foco no matriciamento e
ferramentas da gestão da clínica articulando às práticas colaborativas.
Objetivos: Ampliar a capacidade
cuidativa; Utilizar metodologias inovadoras; Promover espaços para reflexão das
práticas.
Estratégias: Estimular o
redirecionamento do modelo assistencial reorientando-o para
indivíduos/família/comunidade e necessidades de saúde.
Resultados Esperados:
Reorientação do cotidiano dos serviços de saúde por meio das intervenções dos
graduandos e pós-graduandos da IES em parceria com as equipes do NASF.
G2:
Processo de Mudança:
Aperfeiçoamento dos processos de gestão a partir da Vigilância em Saúde.
Objetivos: Promover uso dos
indicadores para problematização/fundamentação do planejamento das ações em
saúde; Estimular ações colaborativas entre ensino-serviço.
Estratégias: Grupos de tutoria
para estudo-pesquisa e execução das ações; Instalação da “sala de situação de
saúde” para acompanhamento permanente dos indicadores de saúde.
Resultados Esperados: Adoção de
novas práticas para a tomada de decisão; Integração da comunicação (vigilância
em saúde com o planejamento das ações); Elaboração do Plano Municipal de Saúde
com base em indicadores locais; Elaboração/Publicação do Boletim
Epidemiológico(Municipal).
G3:
Processo de Mudança: Qualificação
das ações interdisciplinares e intersetoriais na Estratégia de Saúde da Família
a partir de processos de territorialização.
Objetivos: Identificar os
problemas e potencialidades dos territórios; Planejar ações para resolução de
problemas; Estimular o trabalho em rede através da problematização e reflexão
interprofissional/intersetorial; Subsidiar formação inovadora com visão de
território formativo.
Estratégias: Promover espaços de
discussão/reflexão entre ensino-serviço-comunidade; Subsidiar a construção do
PTS; Articular rede de apoio (institucional-saúde-social) por meio de rodas de
conversa.
Resultados Esperados:
Reorganização dos processos de trabalho na ESF com vistas à
interdisciplinaridade e interprofissionalidade; Melhoria do acesso e qualidade
na RAS.
G4:
Processo de Mudança: Construir
espaço de reflexão da prática subsidiando o processo de educação
interprofissional, contribuindo na formação de estudantes para atuação na APS.
Objetivos: Proporcionar reflexões
referentes à organização da atenção à saúde aos usuários do SUS; Estimular
colaboração interprofissional acerca do cuidado integral, agir- profissional,
trabalho em equipe, necessidades de saúde e condições de trabalho.
Estratégias: Utilizar
Metodologias Participativas (oficinas/circulo de cultura/rodas de conversa)
entre preceptores-estudantes-docentes compartilhando ações decorrentes do
trabalho interprofissional;
Resultados Esperados: Implantação
do núcleo de formação interprofissional de professores-preceptores;
Reestruturação dos projetos políticos-pedagógicos dos cursos (mudanças das
metodologias e diversificação dos cenários de prática).
G5:
Processo de Mudança: Definição do
fluxo assistencial visando atuação interprofissional e estímulo ao autocuidado.
Objetivos: Estimular a construção
de fluxos assistenciais que privilegiem autocuidado/atuação interprofissionais.
Estratégias: Construção conjunta
dos fluxogramas analisadores e itinerários terapêuticos; Estimular o
autocuidado apoiado; construir projetos terapêuticos singulares(gestão de
casos).
Resultados Esperados: Elaboração
de Linhas de Cuidado/Matriciamento com ações interprofissionais.
Ações a serem desenvolvidas no ano 2:
- Utilizar Metodologias
Participativas, com base na espiral construtivista para a reflexão da prática
entre preceptores, estudantes e docentes para o compartilhamento das ações
decorrentes do trabalho interprofissional;
- Promoção de espaços protegidos
para reflexão das práticas com gestores, profissionais, conselho municipal de
saúde, entidades representativas, discentes e tutores;
- Desenvolvimento de Pesquisas
com foco na Interprofissionalidade, priorizando a pesquisa convergente
assistencial;
- Construção, desenvolvimento e
avaliação de projetos aplicativos e de intervenção;
- Realização de Fóruns para
debater e deliberar a respeito dos projetos políticos pedagógicos e integração
entre os cursos da área da saúde;
- Avaliação processual e
formativa das ações: roda avaliativa, avaliação entre pares, auto avaliação,
avaliação 360o, dentre outras;
- Uso de ferramentas de gestão da
clínica estimular o redirecionamento do modelo assistencial reorientando o
olhar aos indivíduos e suas necessidades de saúde;
- Instalação de “sala de situação
de saúde” para acompanhamento permanente dos indicadores de saúde;
- Construção conjunta dos
fluxogramas analisadores e dos itinerários terapêuticos para alimentar a
reorientação dos fluxos assistenciais e subsidiar a construção de linhas de
cuidado;
- Divulgação e compartilhamento
das ações por meio de eventos: mostra científica e de experiências inovadoras,
seminários, vivências, oficinas e plenárias (priorizando seminários e vivencias
do Ver-SUS).
Plano de assinatura do Contrato Organizativo de Ação Pública
Ensino-Saúde-COAPES:
Para a contratualização do COAPES
no território os preceptores, tutores e alunos integrantes do projeto PET,
fomentarão as ações desde o início da execução do projeto, atualmente para
instituir o COAPES a SMS de Rondonópolis publicou um edital de chamamento das
instituições para compor o núcleo gestor e participar das fazes de
contratualização com as IE. Diário Oficial Eletrônico de Rondonópolis, MT
n.4195 de 07 de maio de 2018. Nossa participação será pautada por prioridades
estabelecidas na portaria.
Definindo prioritariamente para o
primeiro semestre do projeto as seguintes ações:
I – definição dos serviços de
saúde que serão campo de atuação das instituições de ensino, para o
desenvolvimento da prática de formação, dentro do território;
II – definição das atribuições
dos serviços de saúde e das instituições formadoras, em relação à gestão,
assistência, ensino, educação permanente, pesquisa e extensão;
III – definição do processo de
designação dos preceptores da rede de serviços de saúde e sua relação com a
instituição responsável pelo curso de graduação em saúde ou pelo Programa de
Residência em Saúde; e
IV – previsão da elaboração de planos de
atividades de integração ensino-serviço- comunidade para cada serviço de saúde.
V – Definição do plano de
contrapartida ofertado pela da instituição de ensino no território.
Considerando as demandas e necessidade da rede de saúde do território, sendo
pactuadas com gestores, trabalhadores e usuário do SUS, com a participação do
Conselho Municipal de Saúde nessa pactuação.
Para o segundo semestre
avançaremos na construção do plano de atividades para cada unidade em que os
estudantes estiverem inseridos, detalhando as atividades e objetivos de
aprendizagem dos estudantes no serviço, como também, a integração no processo
de trabalho da unidade, as contribuições para o desenvolvimento dos
trabalhadores e a corresponsabilização com o cuidado da população daquele
território.
- Será estabelecida um sistema de
monitoramento continuo com ciclos avaliativos considerando:
- A indissossiabilidade entre
formação e desenvolvimento do sistema; - A integração ensino-serviço e a
educação permanente;
- A construção coletiva, com a
participação de gestores, trabalhadores da assistência, estudantes, usuários e
professores;
- A permissão da mudança de rumos
e novas pactuações;
- Os princípios do SUS,
satisfação, autonomia, respeito e valorização dos direitos dos trabalhadores e
usuários.
Estratégias de articulação das ações entre os cursos envolvidos:
A formação de profissionais de
saúde vem passando por momentos importantes de reorientação em face das novas
tendências, decorrentes das novas demandas apresentadas pelo Sistema Único de
Saúde (SUS), bem como, dos modelos de gestão, de desenvolvimento de tecnologias
e de atenção. Neste contexto, faz-se necessário o enfrentamento das estruturas
curriculares tradicionais com a aliança entre trabalho e formação para
construção de processos de educação interprofissional, consolidação de redes de
cooperação.
Alguns processos já foram
consolidados com ações anteriores induzidas pelo Ministério da Educação:
expansão dos cursos de graduação, residências em saúde, consolidação e
efetivação dos grupos de preceptoria, articulação com demais instituições de
ensino para viabilização de programas de mestrado, dentre outras estratégias
que auxiliaram na articulação dos docentes dos cursos de graduação em saúde
existentes no Campus Universitário de Rondonópolis.
Para o
PET-Saúde/Interprofissionalidade os cursos já imergidos neste processo de articulação
devido a necessidade de mudanças no currículo dos cursos que não implementaram
metodologias inovadoras, compartilhamento de campo de prática e viabilização de
programas e projetos de pesquisa, ensino e extensão, iniciaram o projeto para
ser submetido, considerando as necessidades locais (em parceria com a
Secretaria Municipal de Saúde).
Institucionalmente foi composto
um grupo vinculado a Pró-Reitoria de Graduação, que identificou as
possibilidades de projetos a serem submetidos no âmbito da universidade e
articulou o processo de seleção e articulação das propostas e docentes. Ficou a
cargo da Secretaria Municipal de Saúde a composição e seleção dos
participantes, como critério de inclusão dos docentes, principalmente para
viabilizar as mudanças curriculares, foi definido que pelo menos um docente de
cada grupo deveria estar exercendo ou ter exercido o cargo de coordenação
(graduação ou pós-graduação), participar do colegiado de curso ou do núcleo
docente assistencial estruturante e já ter se envolvido em projetos de extensão
ou edições anteriores do PET-Saúde.
Como estratégias os docentes do
grupo definiram algumas ações: - Reorganização das áreas verdes, comuns aos
diferentes cursos;
- Reorganização dos períodos de
atendimento ao aluno e planejamento pedagógico, priorizando o compartilhamento
das ações;
- Viabilização de turmas mistas e
atividades comuns aos diferentes cursos;
-
Ativação/Readequação/Reestruturação dos grupos de estudos e pesquisas;
- Criação do Núcleo de Formação
de Professores;
- Criação do Curso de
Aperfeiçoamento em Educação na Saúde e Preceptoria no SUS; - Viabilizar espaços
comuns para Reflexão das Práticas.
Após a definição dos
participantes, os docentes e a gestão municipal, elaboraram de forma conjunta a
proposta aqui apresentada, vinculando as atividades dos grupos: G1 trabalhando
com foco no matriciamento e demais ferramentas de gestão da clínica para
reorientação do cuidado às necessidades de saúde, G2 articulação dos processos
de gestão para envolvimento dos gestores e profissionais na construção do
planejamento/indicadores para intervenção de forma mais assertiva e
qualificada, G3 com ações no território e na comunidade subsidiando práticas
colaborativas, G4 articulando os processos de mudança curricular e formação, G5
utilizando ferramentas de gestão da clínica para estimular práticas de
autocuidado e gestão de casos, G6 com foco no acolhimento interprofissional e
envolvimento intersetorial.
Estratégias de articulação do PET - Saúde/Interprofissionalidade com as
políticas indutoras de educação na saúde, e outras ações e programas da SGTES,
assim como outras políticas e prioridades do Ministério da Saúde e do
Ministério da Educação:
- Manter o núcleo de
acompanhamento, pesquisa e formação para o SUS; - Manter assento na CIES/Regional
de Saúde de Rondonópolis;
- Manter assento no Conselho
Municipal de Saúde;
- Garantir a participação dos
preceptores, tutores e professores das Residências em Saúde e dos cursos de
graduação nos processos de formação e articulação ensino-serviço- comunidade;
- Ofertar cursos de pós-graduação
que abriguem os estudos de educação na saúde e possa contribuir para formação
dos preceptores do SUS (foi incluído no PDI da UFMT curso de pós-graduação em
educação em saúde e preceptoria no SUS - aos preceptores das residências e da
graduação - PRODEPS);
- Implantação das Residências em
Saúde (incluindo residências médicas);
- Desenvolver estratégias de
apoio do Curso de Medicina ao Programa Mais Médicos;
- Recepcionar edições do VER-SUS,
seminários e vivências.
Estratégias de monitoramento e avaliação:
Considerando que a avaliação é um
processo contínuo, sistemático e integral de acompanhamento e julgamento do
nível a que determinada proposta atinge seus objetivos e que nestes termos a
avaliação deve ser contínua, integral, inclusiva, abrangente e cooperativa, as
atividades de avaliação serão delineadas pelo Núcleo de Acompanhamento,
Pesquisa e Formação para o SUS, que de maneira colegiada acompanhará,
sistematizará e corrigirá rotas do projeto nas suas diversas dimensões
elaborando e aplicando para tanto os instrumentos pertinentes a cada grupo e
atividades, conforme, preliminarmente, segue:
Monitoramento do desenvolvimento
das atividades do projeto ocorrerá por meio de:
-Reuniões trimestrais com docentes,
acadêmicos, preceptores e gestores da Secretaria Municipal de Saúde com o
Núcleo de Acompanhamento, Pesquisa e Formação para o SUS;
-Reuniões trimestrais com
docentes, acadêmicos, preceptores e gestores da Secretaria Municipal de Saúde;
-Encontros semanais para tutoria;
-Inserção dos coordenadores de
cada grupo nos núcleos docentes assistenciais estruturantes dos cursos de
origem;
-Participação do coordenador do
projeto junto ao Conselho Municipal de Saúde;
-Participação dos coordenadores
na Comissão de Integração Ensino Serviço, da Secretaria Estadual de Saúde.
Avaliação do desenvolvimento das
atividades do projeto ocorrerá por meio de:
-Uso da avaliação formativa por
meio da construção individual de portfólio crítico/reflexivo;
-Uso da avaliação processual
entre pares com instrumentos próprios de avaliação;
-Participação trimestrais dos
tutores de atividades avaliativas dos participantes do projeto nas unidades de
saúde da família;
Avaliação/monitoramento global do
projeto
-Apresentação de Relatório
parcial, sempre que solicitado, e final, no término do projeto Apresentação de
relato de experiência por grupo do projeto no site da Comunidade de Práticas,
sempre que solicitado;
-Apresentação de relatos de experiência
do projeto na Comunidade de Práticas e em eventos científicos;
-Avaliação formativa entre pares
por meio da apresentação de relatos de cada grupo;
-Recepção do (s) representante
(s) da CGAES para monitoramento da implementação do projeto proposto;
-Participação em pesquisas de
monitoramento e avaliação do programa realizadas pelo Ministério da Saúde e/ou
colaboradores contratados;
-Realização de encaminhamentos
com vistas à Contratualização do Contrato Organizativo de Ação Pública
Ensino-Saúde (COAPES).
Indicadores de monitoramento e avaliação:
Indicadores do monitoramento das atividades do projeto:
-Número de reuniões trimestrais
com docentes, acadêmicos, preceptores e gestores da Secretaria Municipal de
Saúde com o Núcleo de Acompanhamento, Pesquisa e Formação para o SUS(NAPFSus).
A meta será a realização de 8 reuniões durante todo o projeto.
-Número de reuniões trimestrais com docentes,
acadêmicos, preceptores e gestores da Secretaria Municipal de Saúde. A meta
será a realização de 8 reuniões durante todo o projeto.
-Número de encontros semanais
para tutoria. A meta será a realização de 64 atividades de tutoria durante todo
o projeto.
-Número de coordenadores de grupo
participando dos núcleos docentes assistenciais estruturantes dos cursos de origem.
A meta será que os 06 coordenadores participem do NDAE.
-Número de participação do
coordenador do projeto junto ao Conselho Municipal de Saúde. A meta será a
participação em 10 reuniões do CMS durante todo o projeto.
-Número de participações dos coordenadores
na Comissão de Integração Ensino Serviço, da Secretaria Estadual de Saúde. A
meta será a participação em 05 reuniões do CIES durante todo o projeto.
Indicadores de avaliação das atividades do projeto:
-Número de portfólio
crítico/reflexivo entregues por participante. A meta será de 1 por semestre,
totalizando ao final 4;
-Número de avaliações processual.
A meta será de 1 por semestre, totalizando ao final 4;
-Número de atividades avaliativas
realizadas nas unidades de saúde da família participantes do projeto, em
momentos de reunião de equipe; A meta será de 1 por trimestre, totalizando ao
final 12.
Indicadores de monitoramento/avaliação global do projeto
-Número e natureza de
modificações ocorridas nos projetos pedagógicos dos cursos envolvidos. A meta
será que os PPCs dos cursos sejam reformulados e contemplem a formação
interprofissional e as metodologias ativas de ensino-aprendizagem.
-Número de docentes,
profissionais e estudantes envolvidos. A meta será que no mínimo 18 docentes,
36 profissionais, 54 estudantes participem do projeto
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ONDE SE LÊ NO ITEM 2.2
2.2 Os estudantes aptos a participar devem estar cursando o período letivo 2018.2 de acordo com a tabela a seguir:
CURSOS PERÍODO LETIVO
ENFERMAGEM 3º ao 7º
MEDICINA 3º ao 7º
PSICOLOGIA 3º ao 7º
BIOLOGIA 3º ao 7º
LEIA-SE O ITEM 2.2
2.2 Os estudantes aptos a participar devem estar cursando o período letivo 2018.2 de acordo com a tabela a seguir:
CURSOS PERÍODO LETIVO
ENFERMAGEM 3º ao 7º
MEDICINA 1º ao 7º
PSICOLOGIA 3º ao 7º
BIOLOGIA 3º ao 7º