PREVALÊNCIA DE RADIODERMATITE EM PACIENTES EM TRATAMENTO DE CÂNCER EM REGIÃO TORÁCICA

Publicado em 30/09/2024 - ISBN: 978-65-272-0746-7

Título do Trabalho
PREVALÊNCIA DE RADIODERMATITE EM PACIENTES EM TRATAMENTO DE CÂNCER EM REGIÃO TORÁCICA
Autores
  • Caryna Amaral Leite
  • Jéssica Laiana Orso
  • Vanessa Eduarda Cortelini
  • Adriana Vicenzi
  • Adriano Pasqualotti
  • Graciela de Brum Palmeiras
Modalidade
Resumo Expandido
Área temática
Eixo 1 – Cuidado na Prática de Enfermagem
Data de Publicação
30/09/2024
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/xxxi-semana-academica-de-enfermagem-upf-enfermagem-em-movimento-rumo-a-excelencia-inovacao-e-bem-estar-451886/846536-prevalencia-de-radiodermatite-em-pacientes-em-tratamento-de-cancer-em-regiao-toracica
ISBN
978-65-272-0746-7
Palavras-Chave
Neoplasias, Radioterapia, Radiodermatite, Enfermagem.
Resumo
Introdução: O câncer é um dos principais problemas de saúde pública mundial, e abrange mais de 100 diferentes tipos de doenças maléficas que têm em comum o crescimento desordenado de células, que podem invadir tecidos adjacentes ou órgãos à distância, multiplicando-se rapidamente. São esperados mais de 700 mil novos casos de câncer para os próximos triênios, com destaque para as regiões sul e sudeste do Brasil, as quais concentram mais de 70% das incidências esperadas (1). No Brasil, o câncer de pulmão é o mais comum de todos os tumores malignos, apresentando aumento de 2% por ano na sua incidência mundial, sendo considerado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), como uma epidemia mundial. As metástases na coluna vertebral são usualmente procedentes de neoplasia maligna da mama, pulmão e próstata, o gênero masculino é o mais acometido e a dor é o sintoma inicial em mais de 90% dos pacientes. Observa-se que o diagnóstico precoce e correto do câncer é essencial para um tratamento adequado e eficaz, já que cada tipo da doença precisa de um tratamento específico, que pode abarcar uma ou mais modalidades, tais como cirurgia, radioterapia ou quimioterapia. Determinar os objetivos do tratamento é um passo importante onde os serviços de saúde devem estar integrados e centrados nas pessoas, onde o objetivo principal do tratamento é curar o câncer ou prolongar a vida do paciente de forma 1 Acadêmica do Curso de Enfermagem da Universidade de Passo Fundo. E-mail: 181679@upf.br 2 Enfermeira Especialista em Atenção ao Câncer, Residência Multiprofissional Integrada de Atenção ao Câncer da Universidade de Passo Fundo. 3 Acadêmica do Curso de Enfermagem da Universidade de Passo Fundo. 4 Enfermeira Especialista em Enfermagem Oncológica, hospital São Vicente de Paulo, Passo Fundo. 5 Doutor em Informática na Educação. Docente do Programa de pós-Graduação em Envelhecimento Humano da Universidade de Passo Fundo. 6 Doutora em Enfermagem, Docente do Programa de Pós-Graduação em Envelhecimento Humano da Universidade de Passo Fundo. considerável (2). A radioterapia, por sua vez, é a forma de tratamento no qual são utilizadas radiações ionizantes, que é um tipo de energia para destruir as células do tumor ou impedir que se multipliquem. Essas radiações são invisíveis ao olho humano e os pacientes submetidos ao procedimento não devem sentir dor durante sua aplicação. A maioria dos pacientes tratados nesta modalidade apresentam resultados positivos, porém, durante o tratamento podem surgir efeitos colaterais, como a radiodermatite, que em sua forma mais aguda, apresenta toxicidade cutânea, alterando as camadas da pele com a hiperproliferação da epiderme e a hiperqueratose. Além disso, há a redução ou perda de líquido transepidérmico e o desencadeamento de processo inflamatório na epiderme e derme (2) . A prevenção e o tratamento precoce das radiodermatites contribuem para a manutenção da integridade cutânea do local irradiado e proporcionam qualidade de vida aos pacientes durante e após o tratamento. Objetivo: Analisar a prevalência de radiodermatite em pacientes com câncer em região torácica em tratamento de radioterapia. Método: Trata-se de um estudo de abordagem quantitativa, do tipo descritivo analítico e de cunho transversal, dados parciais do projeto institucionalizado intitulado “Análise da relação entre radiodermatite e os padrões de impressão dermatoglíficos em pacientes em tratamento de radioterapia”, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Universidade de Passo Fundo (UPF) sob parecer n° 6.036.325. Realizado em um ambulatório de radioterapia de uma instituição hospitalar de referência para o tratamento oncológico. A coleta de dados foi realizada na primeira consulta de enfermagem, por meio da aplicação de um questionário estruturado contendo dados sociodemográficos e clínicos dos pacientes, avaliação do fototipo da pele pela Escala de Fitzpatrick, avaliações quanto ao grau de toxicidade, segundo o critério de escore para morbidade aguda por radiação pela escala do Radiation Therapy Oncology Group (RTOG), além dos protocolos de avaliação do próprio setor, bem como, registros fotográficos semanais. Os dados foram digitados em planilha do Microsoft Office Excel®, transferidos e analisados com auxílio do programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS). Quanto às técnicas e métodos estatísticos, foram utilizados o teste não paramétrico de Mann-Whitney, Qui-quadrado e exato de Fisher. A avaliação da condição de normalidade foi realizada por meio do teste de Shapiro-Wilk. Para a análise da homocedasticidade das variâncias foi utilizado o teste de Levene. O nível de significância foi de p < 0,05. Resultados e discussão: A amostra do estudo foi constituída por 12 pacientes com diagnóstico de câncer em região torácica (esôfago, osso esterno, arco costal, coluna vertebral e pulmão) que realizaram tratamento de radioterapia. Sendo 66,7% do sexo masculino, com idade média de 67,2 anos, desvio padrão de 8,8 anos, a mediana ficou em 69 anos e a amplitude interquartílica em 17 anos. Este estudo corrobora com as estimativas para o ano de 2023 quanto ao câncer de pulmão no Brasil, sendo o terceiro tipo de câncer mais comum em homens e o quarto em mulheres no Brasil, considerado uma das neoplasias com menor taxa de cura, devido às dificuldades de diagnóstico precoce (1) . Quanto à escolaridade, a maioria relatou possuir o ensino fundamental incompleto. Ainda em relação aos dados sociodemográficos e clínicos dos participantes, 25,0% relataram que nunca fizeram uso de tabaco e 66,7% nunca ingeriram bebidas alcoólicas. Quanto a presença de comorbidades, 41,6% dos participantes afirmaram possuir hipertensão arterial. Em relação ao diagnóstico de câncer em região torácica, 41,6% dos pacientes apresentaram câncer de pulmão, 16,7% câncer de esôfago, 25% câncer de coluna vertebral, seguidos de 8,3% de pacientes com câncer no osso externo e arco costal. Quanto à classificação do tipo de pele, os participantes deste estudo apresentaram prevalência do fototipo II (pele branca, sensível ao sol, sempre queima, porém bronzeia de forma leve). Em relação à incidência de radiodermatite, 33,3% dos participantes apresentaram algum grau de radiodermatite, enquanto 66,7% não apresentaram sinais e sintomas consideráveis para radiodermatite. Cabe a importância de enfatizar que a radiodermatite é um efeito adverso que pode ser prevenido, ou minimizado, por meio de orientações e intervenções prévias aos pacientes, familiares e/ou acompanhantes/cuidadores sobre os cuidados com a pele, uma vez que esses realizam os cuidados também em domicílio, contribuindo com a integridade cutânea do local do tratamento. Sendo assim, o enfermeiro interage de forma direta com os pacientes, oferecendo informações completas e específicas (3) . Não foi encontrada associação significativa entre as características sociodemográficas e radiodermatite. Este estudo teve como limitações o baixo número de participantes, visto que, trata-se de dados parciais de um projeto longitudinal, horário de funcionamento do serviço, bem como o transporte dos pacientes advindos de outros municípios. Conclusão: A radiodermatite pode ocorrer durante o tratamento, ou até mesmo após o término, sendo assim, fica evidente a existência de uma lacuna nos estudos sobre esta temática em relação a melhor forma de prevenção. Desta forma, sugere-se a realização de novos estudos abrangendo inovações tecnológicas para a prevenção de radiodermatite e melhora da qualidade de vida dos pacientes.
Título do Evento
XXXI SEMANA ACADÊMICA DE ENFERMAGEM UPF - Enfermagem em Movimento: Rumo à Excelência, Inovação e Bem-Estar
Cidade do Evento
Passo Fundo
Título dos Anais do Evento
Anais da Semana Acadêmica de Enfermagem e Mostra de Trabalhos Científicos: Enfermagem movimento - Rumo à excelência, inovação e bem-estar
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

LEITE, Caryna Amaral et al.. PREVALÊNCIA DE RADIODERMATITE EM PACIENTES EM TRATAMENTO DE CÂNCER EM REGIÃO TORÁCICA.. In: Anais da Semana Acadêmica de Enfermagem e Mostra de Trabalhos Científicos: Enfermagem movimento - Rumo à excelência, inovação e bem-estar. Anais...Passo Fundo(RS) UPF, 2024. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/xxxi-semana-academica-de-enfermagem-upf-enfermagem-em-movimento-rumo-a-excelencia-inovacao-e-bem-estar-451886/846536-PREVALENCIA-DE-RADIODERMATITE-EM-PACIENTES-EM-TRATAMENTO-DE-CANCER-EM-REGIAO-TORACICA. Acesso em: 08/05/2025

Trabalho

Even3 Publicacoes