PREVALÊNCIA DE RADIODERMATITE EM PACIENTES COM CÂNCER EM REGIÃO PÉLVICA

Publicado em 30/09/2024 - ISBN: 978-65-272-0746-7

Título do Trabalho
PREVALÊNCIA DE RADIODERMATITE EM PACIENTES COM CÂNCER EM REGIÃO PÉLVICA
Autores
  • Vanessa Eduarda Cortelini
  • Caryna Amaral Leite
  • Adriana Vicenzi
  • Hérique dos Santos
  • Graciela de Brum Palmeiras
  • Cristhie Megier Trautmann
Modalidade
Resumo Expandido
Área temática
Eixo 1 – Cuidado na Prática de Enfermagem
Data de Publicação
30/09/2024
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/xxxi-semana-academica-de-enfermagem-upf-enfermagem-em-movimento-rumo-a-excelencia-inovacao-e-bem-estar-451886/846503-prevalencia-de-radiodermatite-em-pacientes-com-cancer-em-regiao-pelvica
ISBN
978-65-272-0746-7
Palavras-Chave
Neoplasias Pélvicas; Radiodermatite; Radioterapia; Enfermagem.
Resumo
Introdução: O câncer é considerado um dos principais problemas de saúde pública no mundo e existem diversas formas de tratamento, sendo uma delas a radioterapia, seja ela, isolada ou combinada (1). Os tipos de câncer de pelve mais prevalentes no Brasil, são o câncer de próstata no homem e o câncer de colo uterino na mulher. O câncer de próstata é o quinto mais prevalente no mundo entre homens, a estimativa entre 2023 e 2025 é de 71.730 novos casos no Brasil. Sendo a prevalência do câncer de colo uterino de 51.030 novos casos, bem como o câncer de bexiga tem como previsão para o triênio de cerca de 11.370 novos casos e 7.840 novos casos de câncer de útero(2). A radioterapia é uma modalidade de tratamento utilizada para controle e erradicação de diversas neoplasias malignas. Apesar dos benefícios, oferece aos pacientes alguns efeitos adversos, entre estes as radiodermatites. As radiodermatites são alterações inflamatórias e reativas na pele causadas pela exposição à radiação ionizante e de raio X durante o tratamento de radioterapia. Essas reações variam em intensidade, desde eritema superficial até a ulceração grave, impactando a qualidade de vida dos pacientes e até na eficácia do tratamento. A radiodermatite se destaca pela sua magnitude, que é identificada pela alta prevalência, evidências indicam que cerca de 93% a 99% dos pacientes com câncer, em diferentes localizações, sob tratamento com radioterapia com indicação curativa, desenvolvem essa condição. Apesar dos avanços terapêuticos e do crescente interesse para o gerenciamento de lesões de pele, a radiodermatite se configura como principal evento 1Acadêmica do Curso de Enfermagem da Universidade de PassoFundo. E-mail: 197297@upf.br 2Enfermeira Especialista em Atenção ao Câncer, Residência Multiprofissional Integrada de Atenção ao Câncer da Universidade de Passo Fundo. 3Enfermeira Especialista em Enfermagem Oncológica, HospitalSão Vicente dePaulo, PassoFundo. 4Enfermeiro, Hospital São Vicente de Paulo,PassoFundo. 5Doutora em Enfermagem, Docente do Programa de Pós- Graduação em Envelhecimento Humano da Universidade de Passo Fundo. adverso da terapia radioterápica, constituindo um grave problema por comprometer a qualidade de vida dos pacientes, gerar custos elevados para osserviços de saúde e requerer esforços substanciais para prevenção, controle e tratamento(3) . Objetivo: Analisar a prevalência de radiodermatite em pacientes com câncer de pelve em tratamento de radioterapia. Método: Trata-se de um estudo de abordagem quantitativa, do tipo descritivo analítico e de cunho transversal, dados parciais do projeto institucionalizado intitulado “Análise da relação entre radiodermatite e os padrões de impressão dermatoglíficos em pacientes em tratamento de radioterapia”, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Universidade de Passo Fundo (UPF) sob parecer n° 6.036.325. Realizado em um ambulatório de radioterapia de uma instituição hospitalar de referência para o tratamento oncológico. A coleta de dados foi realizada na primeira consulta de enfermagem, por meio da aplicação de um questionário estruturado contendo dados sociodemográficos e clínicos dos pacientes, avaliação do fototipo da pele pela Escala de Fitzpatrick, avaliações quanto ao grau de toxicidade, segundo o critério de escore para morbidade aguda por radiação pela escala do Radiation Therapy Oncology Group (RTOG), além dos protocolos de avaliação do próprio setor, bem como, registros fotográficos semanais. Os dados foram digitados em planilha do Microsoft Office Excel®, transferidos e analisados com auxílio do programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS). Quanto às técnicas e métodos estatísticos, foram utilizados o teste não paramétrico de Mann-Whitney, Qui-quadrado e exato de Fisher. A avaliação da condição de normalidade foi realizada por meio do teste de Shapiro-Wilk. Para a análise da homocedasticidade das variâncias foi utilizado o teste de Levene. O nível de significância foi de p < 0,05. Resultados e discussão: Participaram do estudo 27 pacientes com diagnóstico de câncer de pelve (próstata, colo uterino, útero, colo retal e bexiga), sendo 66,7% do sexo masculino, com idade média de 61,7 anos, mediana 65 anos, desvio padrão de 14,9 anos e amplitude interquartílica de 20 anos. Quanto à escolaridade, 51,9% possuem o ensino fundamental incompleto, 66,7% fazem uso de medicamento contínuo para doenças crônicas, prevalecendo à hipertensão arterial. Em relação aos tipos de câncer dos participantes desta pesquisa, 55,6% realizaram tratamento de câncer de próstata, 18,5% câncer de colo uterino, seguido de 7,4% de câncer de reto e útero na mesma proporção e 3,7% câncer de bexiga. Os achados deste estudo estão em concordância com pesquisas realizadas na Europa e América do Norte, onde 88,0% dos pacientes eram do sexo masculino, 59,4% tinham câncer de próstata e com idade média de 60 a 70 anos de idade, ou seja, com prevalência em homens idosos(4) . Dos 27 pacientes avaliados, o tratamento variou entre 10 e 30 frações de radioterapia, 51,9% realizaram 28 frações. Quanto ao fototipo de pele, conforme a escala de Fitzpatrick, 66,7% apresentou fototipo II e 44,1% apresentaram durante o tratamento algum grau de radiodermatite, predominando o grau I. Estudos desenvolvidos trazem que cerca de 26,0% dos pacientes que tratam pelve irá desenvolver algum grau de radiodermatite(5) . Entre os 27 pacientes avaliados, foram observadas nas avaliações semanais: calor local, prurido, dor, pele ressecada ou com descamação e hiperemia. Prevalecendo calor local na 2ª avaliação em 96,3%, prurido na 1ª avaliação em 100,0%, a dor prevaleceu na 1ª avaliação em 85,2%, pele áspera e ressecada e hiperemia na 1ª avaliação em 96,3%. Conclusão: 44,1 % dos pacientes apresentaram durante o tratamento algum grau de radiodermatite, predominando o grau I. A radiodermatite pode ocorrer durante o tratamento, ou até mesmo após o término, sendo assim, fica evidente a existência de uma lacuna nos estudos sobre esta temática em relação a melhor forma de prevenção. Desta forma, sugere-se a realização de novos estudos abrangendo inovações tecnológicas para a prevenção de radiodermatite e melhora da qualidade de vida dos pacientes.
Título do Evento
XXXI SEMANA ACADÊMICA DE ENFERMAGEM UPF - Enfermagem em Movimento: Rumo à Excelência, Inovação e Bem-Estar
Cidade do Evento
Passo Fundo
Título dos Anais do Evento
Anais da Semana Acadêmica de Enfermagem e Mostra de Trabalhos Científicos: Enfermagem movimento - Rumo à excelência, inovação e bem-estar
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

CORTELINI, Vanessa Eduarda et al.. PREVALÊNCIA DE RADIODERMATITE EM PACIENTES COM CÂNCER EM REGIÃO PÉLVICA.. In: Anais da Semana Acadêmica de Enfermagem e Mostra de Trabalhos Científicos: Enfermagem movimento - Rumo à excelência, inovação e bem-estar. Anais...Passo Fundo(RS) UPF, 2024. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/xxxi-semana-academica-de-enfermagem-upf-enfermagem-em-movimento-rumo-a-excelencia-inovacao-e-bem-estar-451886/846503-PREVALENCIA-DE-RADIODERMATITE-EM-PACIENTES-COM-CANCER-EM-REGIAO-PELVICA. Acesso em: 07/05/2025

Trabalho

Even3 Publicacoes