Anais do Quarto Congresso Acadêmico de Medicina de Dracena

TRATAMENTO TARDIO DA HANSENÍASE: A DOENÇA CURA, MAS AS SEQUELAS FICAM

Publicado em 14/12/2023 - ISBN: 978-65-272-0144-1

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Título do Trabalho
TRATAMENTO TARDIO DA HANSENÍASE: A DOENÇA CURA, MAS AS SEQUELAS FICAM
Autores
  • Victor Neves Gonçalves
  • Beatriz Ferreira De Azevedo
  • Raoan Silva do Nascimento
  • Flávia Farias
  • Marilda Morgado de Abreu
Modalidade
Edital para resumo e abaixo (em Regras de Avaliação) o Termo de Consentimento (a ser preenchido pelo(s) orientador(es)
Área temática
Dermatologia
Data de Publicação
14/12/2023
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/iv-camed-366492/694003-tratamento-tardio-da-hanseniase--a-doenca-cura-mas-as-sequelas-ficam
ISBN
978-65-272-0144-1
Palavras-Chave
hanseníase, células de Schwann, Mycobacterium leprae, infectocontagiosa.
Resumo
Neste artigo iremos relatar um paciente com sequelas importantes de hanseníase, doença de alta prevalência no Brasil, com casos por 10000 habitantes em 20, sendo o segundo país em número absoluto de casos, O diagnóstico da hanseníase é feito pelo exame dermatoneurológico. A OMS define como caso da doença a presença de uma ou mais das seguintes características: 1. lesão de pele com alteração da sensibilidade, 2. acometimento de nervo com espessamento neural, 3. baciloscopia positiva para M. leprae. A hanseníase, era conhecida como lepra, é uma doença infectocontagiosa de evolução crônica, cujo agente patogênico é o Mycobacterium leprae . Este apresenta tropismo pelas células de Schwann, acometendo terminações nervosas livres e troncos nervosos periféricos, levando ao acometimento sensitivo, motor e autonômico. No acometimento nervoso, os pacientes podem apresentar hipoestesia ou anestesia, paresia, amiotrofia, fixação articular, disfunção vasomotora, diminuição de secreções sebáceas e sudoríparas, palpação nervos espessados e dolorosos. Durante a evolução crônica podem ocorrer agudizações (reações) com neurites, as quais são dolorosas ou silenciosas e importante fator de risco para o desenvolvimento de incapacidades e dor neuropática. Relato da Comunicação:Paciente masculino, 50 anos, encaminhado para avaliação de sequelas de hanseníase. Queixava-se de perda visual, anestesia e paresia dos membros superiores e inferiores. Ao exame físico o paciente apresentava acometimento de múltiplos nervos periféricos e cranianos. Amaurose, enoftalmia e opacidade corneana à direita; sequelas por acometimento nas regiões oral e nasal, com destruição do septo. deformidades nas orelhas. atrofia dos músculos interósseos; garra ulnar, mediana, hipoestesia global em ambas as mãos e reabsorção óssea do quinto quirodáctilo direito; artropatia de Charcot nos tornozelos, reabsorção óssea de todos os pododáctilos, hipoestesia global dos pés. Relatava tratamento durante 8 anos com dapsona na década de 80 e multidrogaterapia, esquema multibacilar, por 24 meses, concluído há 2 anos. Confirmada a cura da doença, o paciente foi encaminhado para avaliação multidisciplinar devido às múltiplas sequelas. Discussão: A Hanseníase, doença milenar, desde os tempos remotos carrega um grande estigma social que permanece enraizado em nossa cultura ainda nos dias atuais, mesmo tendo a doença tratamento e cura, trazendo sérias repercussões na vida pessoal e profissional do doente. No passado, durante longo tempo, os doentes foram rejeitados pela família, amigos e condenados a viver em situação de privação, perdendo o contato com o mundo esterno na tentativa de evitar a contaminação. No Brasil, já no século XIX, persistiam leis que marginalizavam os doentes. Entre 1912 e 1920, a moléstia ganhou atenção por parte das autoridades sanitárias; introduziu-se a notificação obrigatória, o isolamento do doente em leprosários e o tratamento com óleo de Chaulmoogra.
Título do Evento
IV CAMED
Cidade do Evento
Dracena
Título dos Anais do Evento
Anais do Quarto Congresso Acadêmico de Medicina de Dracena
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

GONÇALVES, Victor Neves et al.. TRATAMENTO TARDIO DA HANSENÍASE: A DOENÇA CURA, MAS AS SEQUELAS FICAM.. In: Anais do quarto congresso acadêmico de medicina de Dracena. Anais...Dracena(SP) UNIFADRA, 2023. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/iv-camed-366492/694003-TRATAMENTO-TARDIO-DA-HANSENIASE--A-DOENCA-CURA-MAS-AS-SEQUELAS-FICAM. Acesso em: 14/05/2025

Trabalho

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