A FEMINILIDADE BRANCA NEOCONSERVADORA EM PRÁTICAS DE (DES)INFORMAÇÃO

Mariana Rafaela Batista Silva Peixoto

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Trabalho

Título do Trabalho

A FEMINILIDADE BRANCA NEOCONSERVADORA EM PRÁTICAS DE (DES)INFORMAÇÃO

Autores

Mariana Rafaela Batista Silva Peixoto

Modalidade

Comunicações

Área temática

Pesquisas em discurso e gênero em perspectiva interseccional e decolonial

Data de Publicação

22/04/2025

País da Publicação

Brasil

Idioma da Publicação

Português

Página do Trabalho

https://www.even3.com.br/anais/i-seminario-internacional-do-inct-caleidoscopio/933188-a-feminilidade-branca-neoconservadora-em-praticas-de-(des)informacao

ISBN

978-65-272-1302-4

Palavras-Chave

desinformação, educação, interseccionalidade, discurso

Resumo

Nesta comunicação oral, discutirei a performatividade (Butler, 1990; 2003) de gênero, raça e religião em campanhas de desinformação sobre a educação promovidas por grupos de extrema-direita no Brasil. Essa discussão se dá em um contexto notadamente marcado por uma escalada nos ataques à educação brasileira, orquestrados por esses grupos, que vêm utilizando a disseminação de informações falsas ou distorcidas sobre o espaço escolar-universitário como uma de suas principais estratégias discursivas. Entre as informações falsas ou distorcidas disseminadas por esses atores sobre a educação, destacam-se, por exemplo, as reproduzidas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e seus ministros. Essas incluem a suposta existência de banheiros unissex em escolas de ensino infantil, a alegação de que a maioria das pesquisas no país é conduzida em instituições de ensino superior privadas e a dita existência de laboratórios de drogas em universidades públicas. Guiando-me por lentes feministas interseccionais (Gonzalez, 1984; Akotirene, 2019; Collins, 2019) e decoloniais (Cusicanqui, 2011; Vergès, 2020), bem como os estudos do discurso (Foucault, 1979, 1981), realizo uma análise discursiva de excertos de peças de desinformação sobre a educação que foram (re)produzidas por agentes do Estado brasileiro em suas redes sociais, entre janeiro de 2019 e dezembro de 2022. Por meio da cartografia digital dessas peças de desinformação, discuto o papel desse fenômeno na construção discursiva da chamada "guerra espiritual", que, especialmente durante as eleições presidenciais de 2022, transformou a educação em um campo de disputa acirrado nas cruzadas bolsonaristas. Argumento que, no contexto brasileiro, as práticas de desinformação também se estruturam a partir da performatividade de uma feminilidade-branca-neoconservadora. Essa performatividade não apenas reforça estereótipos e desigualdades raciais e de gênero, mas também molda a percepção pública e as políticas educacionais. A análise pretende problematizar os modos como a desinformação é usada para promover um projeto de poder e como essas práticas discursivas impactam a educação e contribuem para a erosão da democracia.

Título do Evento: I Seminário Internacional do INCT Caleidoscópio - VIII Práticas Socioculturais e Discurso
Cidade do Evento: Brasília
Título dos Anais do Evento: Práticas Socioculturais e Discurso: INCT Caleidoscópio
Nome da Editora: Even3
Meio de Divulgação: Meio Digital

Como citar

PEIXOTO, Mariana Rafaela Batista Silva. A FEMINILIDADE BRANCA NEOCONSERVADORA EM PRÁTICAS DE (DES)INFORMAÇÃO.. In: Práticas Socioculturais e Discurso: INCT Caleidoscópio. Anais...Brasília(DF) Universidade de Brasília, 2025. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/i-seminario-internacional-do-inct-caleidoscopio/933188-A-FEMINILIDADE-BRANCA-NEOCONSERVADORA-EM-PRATICAS-DE-(DES)INFORMACAO. Acesso em: 19/05/2025