A INTERFACE DO CUIDADO DE ENFERMEIRAS OBSTÉTRICAS EM CENTRO DE PARTO NORMAL DE CASTANHAL

Publicado em 18/04/2023 - ISBN: 978-85-5722-708-8

Título do Trabalho
A INTERFACE DO CUIDADO DE ENFERMEIRAS OBSTÉTRICAS EM CENTRO DE PARTO NORMAL DE CASTANHAL
Autores
  • Clemilda Alves da Silva
  • Diego Pereira Rodrigues
  • Valdecyr Herdy Alves
  • SÍLVIO ÉDER DIAS DA SILVA
  • Elisângela da Silva Ferreira
  • Márcia Simão Carneiro
Modalidade
2. Resumo Expandido
Área temática
Enfermagem Obstétrica e Neonatal fazendo a diferença no cenário nacional e amazônico, experiências exitosas na assistência ao parto, nascimento.
Data de Publicação
18/04/2023
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/i-congresso-regional-de-enfermagem-obstetrica-e-neonatal-276973/597104-a-interface-do-cuidado-de-enfermeiras-obstetricas-em-centro-de-parto-normal-de-castanhal
ISBN
978-85-5722-708-8
Palavras-Chave
Enfermagem Obstétrica, humanização da assistência, parto humanizado.
Resumo
A INTERFACE DO CUIDADO DE ENFERMEIRAS OBSTÉTRICAS EM CENTRO DE PARTO NORMAL DE CASTANHAL Clemilda Alves da Silva¹ ; Diego Pereira Rodrigues² ; Valdecyr Herdy Alves³ ; Silvio Éder Dias da Silva4 ; Elisângela da Silva Ferreira5 Introdução: Mesmo com o incremento de políticas públicas pelo Ministério da Saúde, em especial a partir dos anos 2000, que culminou com a Política Nacional de Humanização e a estratégia Rede Cegonha para mudança do modelo assistencial brasileiro, uma vez que o país não tem atingido as metas para transformação do modelo assistencial obstétrico, com altas taxas de procedimento na atenção à mulher durante o parto e nascimento, especialmente com cesariana desnecessária.¹ O Centro de Parto Normal constitui serviço que incrementa a reorganização dos serviços obstétricos, favorecendo as mudanças necessárias nos indicadores maternos e neonatais, com incentivo ao parto normal, tendo a Enfermagem Obstétrica como mediadora dessas transformações, demonstrado a efetivação dessa mudança e do cuidado humanizado para garantir maior qualidade, satisfação das mulheres, com menor risco de intervenções desnecessárias. Deste modo, a enfermagem obstétrica torna-se componente fundamental para ruptura desse modelo, cuja prática está sustentada no eixo norteador de mudança: a humanização, conceito de cuidado da enfermagem.² teve como objetivo desvelar as percepções das parturientes quanto a interface do cuidado da enfermagem obstétrica no processo do parto e nascimento. Método: Trata-se de um estudo descritivo, exploratório, de abordagem qualitativa. O estudo foi realizado com 15 puérperas que foram assistidas no Centro de Parto Normal Aydeê Pereira Sena de Castanhal, região metropolitana do estado Pará, Brasil. O estudo obedeceu aos seguintes critérios de elegibilidade: ter faixa etária acima de 18 anos de idade e parto vaginal no CPN, entre os meses de maio e agosto de 2020. Os critérios de exclusão consideraram as mulheres que adentraram no CPN em período expulsivo, justificando a inviabilidade dos cuidados ofertados no serviço de saúde. Realizou-se entrevista semiestruturada, por meio virtual, via aplicativo WhatsApp®, na função de vídeo chamada com duração média de 40 minutos, os dados foram gravados pelo áudio do aplicativo SplendApps, no período de setembro a novembro de 2020. Essa modalidade de entrevista foi utilizada em decorrência das imposições ocasionadas pela emergência sanitária da pandemia do novo Coronavírus SARS-CoV-2. Os dados foram transcritos e submetidos à análise de conteúdo temática, com o suporte do software ATLAS.Ti 8.0 Nessa etapa, a funcionalidade software foi objetivada na codificação dos trechos dos depoimentos em unidades de significação, com a identificação dos seguintes sentidos: apoio, acolhimento, cuidado, segurança, tecnologias não invasivas, evidências científicas, fisiologia do parto, liberdade, autonomia e protagonismo, confiança e expectativa, singularidade, integralidade. E, na fase final, do tratamento dos resultados, interferência e interpretação, de modo que se tornassem significativos e válidos, com a apresentação das categorias formuladas. Com base nessa análise, os significados fundamentaram a construção das seguintes categorias temáticas: 1) O apoio das enfermeiras obstétricas no centro de parto normal: singularidade e integralidade; 2) O cuidado científico da enfermagem obstétrica: qualificação na atenção ao parto e nascimento; 3) A escolha do centro de parto normal: a visibilidade da enfermagem obstétrica para um parto respeitoso e o empoderamento feminino. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Pará (CEP-ICS/UFPA), em 31 de janeiro de 2020, conforme parecer n° 3.817.310, com o CAAE nº 28069719.0.0000.0018 como disposto na Resolução nº 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde.³ Resultados: foram observados que o cuidado da enfermagem no processo de parto e nascimento estava sustentado na humanização da assistência, com o acolhimento e apoio no cuidado no Centro de Parto Normal. Ademais, verificou-se nos depoimentos a prática da enfermagem obstétrica com base nas evidências científicas e a utilização das tecnologias não invasivas no cuidado ofertado pela enfermagem obstétrica. As percepções atribuídas pelas puérperas à assistência no Centro de Parto Normal permeiam uma prática alinhada com as dimensões da humanização. As Enfermeiras obstétricas potencializam o saber-fazer em saúde reprodutiva, ao articular as diretrizes da humanização na assistência ao parto e nascimento, para mudança real da lógica de nascimento. A enfermagem obstétrica potencializa um cuidado que rompe com o modelo de assistência predominante na obstetrícia. A estratégia Rede Cegonha possibilitou novo redesenho da assistência à mulher e ao recém-nascido no contexto do centro de parto. As enfermeiras obstétricas, na gestão do cuidado, organizam-se no acolhimento, no apoio, na empatia, de modo a valorizar aspectos além do biológico, considerando a singularidade e particularidade de cada mulher.4 O exercício cotidiano de sua prática se sustenta pela aplicação da ciência como guia de uma assistência segura e de qualidade. Essa assistência perpassa pelo campo prático da humanização, com o emprego das tecnologias não invasivas, que permite que o corpo e a fisiologia sejam valorizados, otimizando, assim como a autonomia e o empoderamento da mulher.5 Esses fatos contribuem para diminuição das intervenções desnecessárias, alinhados a possíveis melhores resultados maternos e neonatais. Conclusão e contribuição: As percepções das mulheres reafirmaram o modelo humanizado e o cuidado das enfermeiras obstétricas. Essa valorização permite fortalecer a transição de mudanças de ordem conceitual, política, metódica e prática no cotidiano do cuidado obstétrico. Essas percepções se entrelaçam com o cuidado humano enquanto política, objetivados na prática do cuidado humanizado, qualificado, respeitoso e seguro. Ampliar a implantação e habilitação de Centro de Parto Normal no Brasil torna-se essencial e urgente para mudança do modelo intervencionista da atenção obstétrica, com possíveis contribuições para redução das intervenções desnecessárias e respeito às escolhas das mulheres. Palavras-chave: Enfermagem Obstétrica; Satisfação; boas práticas. REFERENCIAS: 1. Pereira RM, Fonseca GO, Pereira ACCC, Gonçalves GA, Mafra RA. Novas práticas de atenção ao parto e os desafios para a humanização da assistência nas regiões sul e sudeste do Brasil. Ciênc Saúde Coletiva. 2018;23(11):3517-24. doi: 10.1590/1413-812320182311.07832016 2. Duarte MR, Alves VH, Rodrigues DP, Marchiori GRS, Guerra JVV, Pimentel MM. Perception of obstetric nurses on the assistance to childbirth: reestablishing women’s autonomy and empowerment. Rev Pesq Cuid Fundam. 2020;12:903-8. doi: 10.9789/2175-5361.rpcfo.v12.79274 3. BRASIL. Ministério da Saúde. Resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012. Dispõe sobre a aprovação das diretrizes e normas regulamentadoras da pesquisa envolvendo seres humanos. Brasília: Ministério da saúde, 2012. 4 BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 1.459, de 24 de junho de 2011. Dispõe sobre a Rede Cegonha no âmbito do Sistema Único de Saúde. Brasília, 2011. 5. Prata JA, Ares LPM, Vargens OMC, Reis CSC, Pereira ALF, Progianti JM. Non-invasive care technologies: nurses' contributions to the demedicalization of health care in a high-risk maternity hospital. Esc Anna Nery Rev Enferm. 2019;23(2):e20180259. doi: 10.1590/2177-9465-ean-2018-0259
Título do Evento
I CONGRESSO REGIONAL DE ENFERMAGEM OBSTÉTRICA E NEONATAL
Cidade do Evento
Belém
Título dos Anais do Evento
Anais do Congresso Regional de Enfermagem Obstétrica e Neonatal
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

SILVA, Clemilda Alves da et al.. A INTERFACE DO CUIDADO DE ENFERMEIRAS OBSTÉTRICAS EM CENTRO DE PARTO NORMAL DE CASTANHAL.. In: Anais do Congresso Regional de Enfermagem Obstétrica e Neonatal. Anais...Belém(PA) ICJ - UFPA, 2023. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/i-congresso-regional-de-enfermagem-obstetrica-e-neonatal-276973/597104-A-INTERFACE-DO-CUIDADO-DE-ENFERMEIRAS-OBSTETRICAS-EM-CENTRO-DE-PARTO-NORMAL-DE-CASTANHAL. Acesso em: 15/06/2025

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