DIAGNÓSTICO DE CÂNCER CERVICOUTERINO EM PACIENTE DE 25 ANOS: UM RELATO DE CASO

Giovanna Garcia Gardini; Gabriela Gomes Pimentel de Castro; Leonardo Santos Mundim

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Trabalho

Título do Trabalho

DIAGNÓSTICO DE CÂNCER CERVICOUTERINO EM PACIENTE DE 25 ANOS: UM RELATO DE CASO

Autores

Giovanna Garcia Gardini
Gabriela Gomes Pimentel de Castro
Leonardo Santos Mundim

Modalidade

Temas Livres

Área temática

Clínica Médica - Oncologia

Data de Publicação

12/02/2025

País da Publicação

Brasil

Idioma da Publicação

Português

Página do Trabalho

https://www.even3.com.br/anais/congresso-clinico-cirugico-454475/935605-diagnostico-de-cancer-cervicouterino-em-paciente-de-25-anos--um-relato-de-caso

ISBN

978-65-272-1187-7

Palavras-Chave

Neoplasias do Colo do Útero, Papillomavirus Humano, Vacinas contra Papillomavirus.

Resumo

Introdução: A infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV) constitui o principal mecanismo para o desenvolvimento de neoplasias de colo de útero. A maioria das infecções são transitórias, porém, quando persistem, o tempo estimado para o acometimento por lesão cervical invasiva é, em média, de 15 anos, apesar dos relatos de evolução rápida. Nos estágios iniciais da doença é comum a apresentação clínica assintomática, sendo a condição identificada apenas através de exames de rotina, cujo rastreio é estabelecido, no Brasil, para mulheres a partir dos 25 anos que já iniciaram a atividade sexual. No entanto, a sintomática pode incluir principalmente sangramento vaginal anormal ou após relações sexuais. O diagnóstico fundamenta-se na utilização da análise histopatológica, e o auxílio no estadiamento pode ser avaliado valendo-se dos exames de imagem. Objetivos: Relatar o processo de diagnóstico de câncer cervicouterino com evolução rápida em paciente jovem. Métodos: Relato de caso produzido a partir de entrevista com a paciente e revisão de prontuário. Resultados: Mulher, 25 anos, referindo menarca aos 14 anos e sexarca aos 19 anos, com histórico de sinusorragia e dispareunia, apresentou quadro de astenia, associado a sangramento vaginal persistente por 3 meses, sendo tratada com ferripolimaltose e sulfato ferroso quando do diagnóstico de ferropenia e anemia ferropriva em exames de sangue. Evoluiu com constipação e dor abdominal em baixo ventre e, devido à persistência dos sintomas e à febre, procurou pronto atendimento, sendo encaminhada ao serviço terciário após identificação de lesão expansiva em colo de útero. Ao exame especular, foi visualizado colo dismórfico com lobulações em lábios superior e inferior, além de sangramento ativo. Ao exame de toque vaginal, identificou-se colo endurecido, e, ao toque retal, parede retal anterior endurecida a cerca de 3 cm da borda anal. Solicitou-se tomografia computadorizada de abdome, que confirmou lesão expansiva sólida e heterogênea na pelve de aspecto infiltrativo e sem planos de clivagem com o útero, cursando com obliteração do ureter distal. Além disso, à ressonância magnética da pelve, foi observada lesão infiltrativa de colo uterino, compatível com neoplasia primária, com sinais de infiltração parametrial bilateral para retossigmoide e terço distal da parede vaginal, bem como trajeto fistuloso na região retrocervical e ectasia dos ureteres bilateralmente. À retossigmoidoscopia, à 12 centímetros da borda anal, foi observada área irregular de abaulamento de mucosa, identificado ponto de ulceração adjascente e provável presença de orifício fistuloso. Ademais, o histopatológico da biópsia de colo uterino identificou neoplasia maligna compatível com carcinoma de células escamosas pouco diferenciado em meio à necrose, coágulos e material purulento, cuja associação com o exame de imuno-histoquímica foi associado ao papiloma vírus humano (HPV) devido à positividade à proteína p16. No caso em questão, levando em consideração os achados, o estadiamento de acordo com a American Joint Committee on Cancer (AJCC) cursou com IVA/4, com invasão de órgãos adjacentes. Conclusões: Este caso demonstra a necessidade de atenção à sintomatologia de alarme da paciente. No caso em questão, embora a idade da paciente seja a mínima para o rastreio do câncer de colo de útero, ela já apresentava sintomas severos indicativos de que a doença havia progredido para um estágio avançado mesmo que em contraste à epidemiologia da doença. Ademais, evidencia-se a importância das campanhas quanto aos programas de vacinação contra o vírus HPV. Referências: NAKAGAWA, J. T. T.; SCHIRMER, J.; BARBIERI, M.. Vírus HPV e câncer de colo de útero. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 63, n. 2, p. 307–311, mar. 2010. COHEN, P. et al. cervical Cancer. The Lancet, v. 393, n. 10167, p. 169-182, 12 jan. 2019. CARVALHO, K. F. et al. A relação entre HPV e Câncer de Colo de Útero: um Panorama a Partir da Produção Bibliográfica da área. Revista Saúde em Foco, v. 11, p. 264-278, 2019, LOPES, V. A. S.; e RIBEIRO, J. M. Fatores limitadores e facilitadores para o controle do câncer de colo de útero: uma revisão de literatura. Ciência & Saúde Coletiva [online]. v. 24, n. 9. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/1413-81232018249.32592017>. CROSBIE, E. J. et al. Human papillomavirus and cervical cancer. The Lancet, v. 382, n. 9895, p. 889-899, 7 set. 2013.

Título do Evento: I Congresso Clínico Cirúrgico do Triângulo Mineiro
Cidade do Evento: Uberlândia
Título dos Anais do Evento: Anais do Congresso Clínico Cirúrgico do Triângulo Mineiro
Nome da Editora: Even3
Meio de Divulgação: Meio Digital

Como citar

GARDINI, Giovanna Garcia; CASTRO, Gabriela Gomes Pimentel de; MUNDIM, Leonardo Santos. DIAGNÓSTICO DE CÂNCER CERVICOUTERINO EM PACIENTE DE 25 ANOS: UM RELATO DE CASO.. In: Anais do Congresso Clínico Cirúrgico do Triângulo Mineiro. Anais...Uberlândia(MG) UFU, 2024. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/congresso-clinico-cirugico-454475/935605-DIAGNOSTICO-DE-CANCER-CERVICOUTERINO-EM-PACIENTE-DE-25-ANOS--UM-RELATO-DE-CASO. Acesso em: 31/05/2025