AS VESTES QUE ACUSAM PANDORA: O CORPO (DES)ARMADO EM TUDO É RIO, DE CARLA MADEIRA

Publicado em 28/02/2025 - ISBN: 978-65-272-1217-1

Título do Trabalho
AS VESTES QUE ACUSAM PANDORA: O CORPO (DES)ARMADO EM TUDO É RIO, DE CARLA MADEIRA
Autores
  • Regina Vitória Lira Cavalcante
  • Hermano De França Rodrigues
Modalidade
Resumo
Área temática
Literatura e Psicanálise
Data de Publicação
28/02/2025
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/viii-seminario-milba/984528-as-vestes-que-acusam-pandora--o-corpo-(des)armado-em-tudo-e-rio-de-carla-madeira
ISBN
978-65-272-1217-1
Palavras-Chave
Feminilidade, Psicanálise, Lucy, Erotismo, Carla Madeira.
Resumo
No cerne do romance Tudo é Rio, Carla Madeira (1978-) orquestra uma narrativa de beleza trágica, de onde a figura de Lucy emerge como um emblemático símbolo da feminilidade contemporânea. A análise, sob a ótica dos conceitos psicanalíticos de Sigmund Freud (1856-1939) e Joel Birman (1946-), revela uma intricada teia dramática que perpassa a existência de Lucy, desnudando suas lutas internas e ambivalências existenciais. À luz da perspectiva freudiana, a feminilidade é desvelada em sua relação com a falta, o desejo e o interdito, num circuito oblíquo transitante pelos domínios do reprimido e ignorado, cuja realização, angustiante, desafia os imperativos da Cultura. A protagonista caminha por itinerários (des)conhecidos, no ímpeto de preencher um vazio existencial, jamais tamponado, a partir do qual entrelaça seu corpo aos significantes que operam, simbolicamente, sua entrada no movediço campo da sexualidade. Nesse contexto, conforme as reflexões de Birman, o tornar-se mulher decorre de um complexo processo dialético, íntimo e subjetivo, calcado na permuta inconsciente de semblantes, posto em cena em disfarces e calamitosos desvelamentos. As máscaras que Lucy adota, longe de serem meros artifícios de proteção, transformam-na em agente de sua própria narrativa. Ela encarna a tensão entre submissão e autonomia, oscilando entre os papéis de objeto e sujeito, escancarando um eu imerso, ao mesmo tempo, em desamparo e em tentativas de transcende-lo. Assim, em termos diegéticos, enquanto ser mimético, manifesta-se como símbolo da fluidez e da instabilidade, fazendo do erótico um campo de batalha.
Título do Evento
VIII SEMINÁRIO MILBA: "Clarice Lispector segundo Nádia Gotlib: memória e ensino de literatura."
Cidade do Evento
Recife
Título dos Anais do Evento
Anais do VIII SEMINÁRIO MILBA: "Clarice Lispector segundo Nádia Gotlib: memória e ensino de literatura."
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

CAVALCANTE, Regina Vitória Lira; RODRIGUES, Hermano De França. AS VESTES QUE ACUSAM PANDORA: O CORPO (DES)ARMADO EM TUDO É RIO, DE CARLA MADEIRA.. In: Anais do VIII SEMINÁRIO MILBA: "Clarice Lispector segundo Nádia Gotlib: memória e ensino de literatura.". Anais...Recife(PE) UFRPE, 2024. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/VIII-SEMINARIO-MILBA/984528-AS-VESTES-QUE-ACUSAM-PANDORA--O-CORPO-(DES)ARMADO-EM-TUDO-E-RIO-DE-CARLA-MADEIRA. Acesso em: 10/07/2025

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