GRUPOS TERAPÊUTICOS COMO ESTRATÉGIA DE REAFIRMAÇÃO DA REFORMA PSIQUIÁTRICA

Natália Tomaz Viana; Sâmia Bessa de Moraes; Adam Kennede Silva Vieira; Eloá Bezerra de Mendonça Rodrigues

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Trabalho

Título do Trabalho

GRUPOS TERAPÊUTICOS COMO ESTRATÉGIA DE REAFIRMAÇÃO DA REFORMA PSIQUIÁTRICA

Autores

Natália Tomaz Viana
Sâmia Bessa de Moraes
Adam Kennede Silva Vieira
Eloá Bezerra de Mendonça Rodrigues

Modalidade

Trabalhos Científicos através da apresentação de Pôster/Banner

Área temática

a) Processo de desmonte do SUS, sua atual conjuntura e o papel de resistência diante disso

Data de Publicação

28/06/2021

País da Publicação

Brasil

Idioma da Publicação

Português

Página do Trabalho

https://www.even3.com.br/anais/7ecrs/200807-grupos-terapeuticos-como-estrategia-de-reafirmacao-da-reforma-psiquiatrica

ISBN

978-65-5941-237-2

Palavras-Chave

Saúde Mental, Humanização da Assistência, Cooperação e Adesão ao Tratamento

Resumo

INTRODUÇÃO: Um dos objetivos específicos da reforma psiquiátrica, iniciada na década de 70, é a substituição do modelo de atendimento centrado na hospitalização e no isolamento por uma atenção integrada ao indivíduo no seu local de domicílio, em seu território. Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) têm valor estratégico nesse contexto substitutivo da rede hospitalar psiquiátrica, pois consegue captar o indivíduo que não consegue aderir ao tratamento sem tirá-lo do seu convívio social. Uma das atividades realizadas nos CAPS são os grupos terapêuticos, meio eficiente de agregar usuários e criar vínculos ao serviço e aos profissionais. OBJETIVOS: Relatar a experiência de coordenar grupos terapêuticos em Centro de Atenção Psicossocial e discorrer sobre a perspectiva do usuário participante. METODOLOGIA: Relato de experiência baseado em diversas metodologias utilizadas por profissionais de saúde residentes em conduzir dois grupos terapêuticos que acontecem em um CAPS semanalmente. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O Grupo da Música acontece às quartas-feiras no período manhã e participam cerca de 15 a 20 usuários. Esse grupo acolhe tanto pacientes em cuidado intensivo, como pessoas mais estáveis que vêm ao serviço por conta própria. Como sugere o nome, o grupo se utiliza da música como recurso terapêutico. Nos encontros, os participantes escolhem músicas para cantar na presença de um tecladista que os auxilia com o ritmo. Além disso, na abertura do grupo há a prática de compartilhar uma notícia boa que aconteceu na semana, além de outras atividades como ensaio para apresentações em eventos. Outro grupo existente é o Grupo da Alegria, nome sugerido e votado pelos próprios usuários. Ocorre às segundas-feiras no período da manhã e é feito apenas com pacientes em Hospital-dia, regime de assistência intermediário entre a internação e o atendimento ambulatorial. Nesse grupo, o número de participantes é menor e seu número pode variar entre 1 e 8, pois nem sempre os usuários se sentem bem para participar. O desafio é trabalhar atividades com pessoas que tem dificuldade em aderir ao tratamento medicamentoso nas quais eles possam se expressar, como desenhos, pintura, colagens e dinâmicas grupais. Além das atividades realizadas, a proposta de início do grupo é um alongamento para acordar o corpo. Ao final de ambos os grupos, existe um momento para avaliação. Usuários relatam que o grupo os ajuda a viver melhor, a interagirem uns com os outros e a se sentirem necessários dentro do contexto em que vivem, sendo de grande valia a experiência. CONCLUSÃO: Os pacientes com transtornos psiquiátricos, em alguns momentos, estão sujeitos a crises e o CAPS é o lugar indicado para seu acolhimento. O vínculo previamente estabelecido entre o paciente e a equipe é muito importante neste momento. Os grupos terapêuticos são uma das formas de se estabelecer um vínculo, pois o usuário passa a ser acompanhado com um olhar especializado advindo do relacionamento terapêutico profissional-cliente. Faz-se necessário que o estímulo do tratamento ocorra no território habitado pelas pessoas em sofrimento mental e suas famílias, onde existem as suas redes de apoio e de sociabilidade.

Título do Evento: 7º Encontro Cearense de Residências Em Saúde
Cidade do Evento: Fortaleza
Título dos Anais do Evento: Anais do Encontro Cearense de Residências em Saúde
Nome da Editora: Even3
Meio de Divulgação: Meio Digital

Como citar

VIANA, Natália Tomaz et al.. GRUPOS TERAPÊUTICOS COMO ESTRATÉGIA DE REAFIRMAÇÃO DA REFORMA PSIQUIÁTRICA.. In: Anais do Encontro Cearense de Residências em Saúde. Anais...Fortaleza(CE) Campus do Pici- UFC, 2019. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/7ecrs/200807-GRUPOS-TERAPEUTICOS-COMO-ESTRATEGIA-DE-REAFIRMACAO-DA-REFORMA-PSIQUIATRICA. Acesso em: 17/06/2025