4º Congresso RIEC - Corpos, Artes e Culturas entre margens  e fronteiras

4º Congresso RIEC - Corpos, Artes e Culturas entre margens e fronteiras

presencial Escola de Teatro e Dança da UFPA - ETDUFPA - Belém - Pará - Brasil

4º Congresso RIEC

Corpos, Artes e Culturas Entre Margens e Fronteiras

Neste ano de 2024, o 4º Congresso RIEC será realizado no Instituto de Ciências da Arte da Universidade Federal do Pará – ICA-UFPA, em Belém – PA, Brasil. Nosso tema para esta edição é Corpos, Artes e Culturas Entre Margens e Fronteiras.

Partimos do princípio de que já não é possível ignorar a extrema violência com que o capitalismo sob suas diversas formas se lança à captura e à colonização de todas as esferas da vida aplicando regimes de controle dos corpos que operam tanto no campo da biopolítica quanto da necropolítica, produzindo identidades normativas que sufocam e inviabilizam subjetivações criadoras, submetendo seres humanos à hierarquização da diferença e à indiferenciação como produção de inumanos. É premente compreendermos a profunda complexidade destes nossos tempos em que as políticas de morte não se superam umas pelas outras, mas, antes se rearticulam e até encobrem-se umas às outras, criam zonas de obscuridade nas quais podem ficar ocultos os seus dispositivos de controle e domínio de corpos, sensibilidades e pensamentos.

A expropriação capitalista dos recursos custa, como sempre custou, vidas. O grande insumo do capital foi sempre a carne para queimar na fornalha, na guerra, no incêndio da floresta. A carne indiferenciada entre gente e bicho, entre gente, bicho e lixo. Mas a indiferenciação não atinge a todos. Paradoxalmente, ela tem pertencimento, tem lugar, tem cor, tem gênero. As formas do inumano persistem em plena fase avançada do capitalismo farmacopornográfico, a captura do desejo e do gozo tem vetores socialmente marcados, culturalmente normatizados, historicamente produzidos.

Cabe indagarmos: que políticas de afirmação da vida são possíveis em contextos em que, se a relação entre a vida orgânica e a tecnologia altera radicalmente os limites entre o humano e o inumano, ao mesmo tempo persistem as hierarquizações de raça, classe e gênero? Que corpos são possíveis num mundo em que regimes bio e necropolíticos de classificação de vidas próprios da modernidade coexistem com aqueles do capitalismo avançado? Como uma política de afirmação vital, compaixão e cuidado poderá inventar caminhos de insurgência quando em presença dos dispositivos de controle dos corpos e de supressão das potências criadoras do desejo?

E, no meio de tudo isso, que lugares desejamos para as artes e para as culturas? Ao que queremos chamar artes e culturas? Como desafiar as reificações sucessivas e mortíferas de umas e de outras, tão estabelecidas e articuladas aos eixos da produção epistêmica da modernidade colonial e seus desdobramentos? Por onde e com quem desviarmo-nos e desmontarmos as políticas epistemicidas e outras necropolíticas?

É nessa complexa configuração que precisamos procurar pelas formas de resistência e insurgência dos corpos, de reinvenção das potências desejantes e do gozo, da ética relacional transversal, das possibilidades do convívio, dos encontros alegres (a alegria é, sim, potência de revoluções).

Para seguirmos confiantes em projetos de mundos possíveis é necessário inventar modos de viver insubordinados ao produtivismo e às escravizações dos tempos, sensibilidades e subjetividades. Pensar e agir a partir das margens, exercitar o pensamento de fronteira para criar respostas críticas aos fundamentalismos (hegemônicos ou não), reconhecer a pluralidade das tradições epistêmicas, o diálogo entre diversos projetos críticos capazes de produzir soluções plurais para o florescimento da vida, inúmeras saídas para as políticas de morte.

Nosso convite é para uma reunião em torno de propostas de pensar e agir que se congreguem festivamente num congresso em que pesquisadores, artistas e outros pensadores tenham um espaço de trocas, partilhas e afetações criativas, produzindo margens e fronteiras como geo-corpo-localizações produtivas, mas não produtivistas.


Neste espírito, esperamos nos encontrar em Belém para este nosso 4º Congresso RIEC.


Um pouco sobre a RIEC

A Rede Internacional em Estudos Culturais - RIEC é composta por 10 universidades de 5 países (Angola, Brasil, Cabo Verde, Moçambique e Portugal). Criada em 2020, a rede se constituiu a partir de ações colaborativas já estabelecidas entre pesquisadores e instituições por meio de projetos em comum de pesquisa e formação, intercâmbios de pesquisadores, publicações e outras iniciativas pensadas e realizadas para contribuir com o desenvolvimento dos Estudos Culturais e com a descentralização da produção científica.

Desde 2021, temos realizado nossos congressos em edições anuais, cada uma organizada em uma instituição parceira e num país diferente. O primeiro, realizado no Centro de Línguas, Literaturas e Culturas da Universidade de Aveiro – CLLC-UA, em Portugal, teve como tema Cartografias e Perspectivas de Futuro.

A segunda edição aconteceu em 2022, organizada no Departamento de Educação Física da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional da Universidade Federal de Minas Gerais – EEFTO-UFMG, Brasil, com o tema Lazer, Corpos e Estudos Culturais.

Em 2023, fomos a Lubango, Angola, para o nosso 3º Congresso RIEC, que tratou de Interculturalidade e Movimentos Sociais: Raça, Classe e Gênero. O evento aconteceu no Centro de Estudos Multidisciplinar e do Departamento de Ciências Sociais e Humanas -DCSH do Instituto Superior Politécnico Independente – ISPI.


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In this year of 2024, the 4th RIEC Congress will be held at the Institute of Sciences of Arts of the Federal University of Pará – ICA-UFPA, in Belém – PA, Brazil. Our theme for this edition will be Bodies, Arts, and Cultures Between Marginalizations and Borders.


SITE

https://riec2024.riec.info/





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