Resumo:
Uma biosfera saudável é fundamental para um sistema climático estável.
Durante grande parte do Holoceno, os sistemas naturais da Terra apoiaram com
sucesso o ciclo do carbono. No entanto, recentemente, os sistemas naturais
globais tornaram-se severamente degradados e sua capacidade de servir como
grandes sumidouros de carbono está em grave perigo. A degradação de ecossistemas e a perda de biodiversidade na Amazônia, África Central e Sudeste Asiático
estão reduzindo sua capacidade natural de captura de carbono e alterando suas
funções ecológicas críticas, tanto que a degradação de florestas tropicais
enfrenta “pontos de inflexão”. Esses ciclos de feedback desencadeantes degradam
as estruturas e as funções ecológicas das florestas tropicais, o que reduz suas
habilidades de sequestro de carbono e resulta em “savanização”. Esses problemas
ambientais já têm ocasionado grandes impactos quanto ao carbono terrestre e aos
ciclos hidrológicos, e se não forem controlados, há possibilidades de não atingirmos
as metas do Acordo Climático de Paris.
Soluções
eficazes podem transformar o paradigma da conservação atual, ao demonstrarem o
maior valor das florestas em pé em comparação a projetos de desenvolvimento
tradicionais que resultam na conversão de florestas em outros usos do solo.
Tais soluções dependem do engajamento e de processos de capacitação junto a comunidades
locais que possuem imenso conhecimento local e tradicional sobre esses
ecossistemas. Essas soluções podem também se beneficiar da combinação de
conhecimentos tradicionais com novas tecnologias e métodos de processamento de
dados, que facilitem o acesso das comunidades locais à economia digital e
aumentem sua capacidade de proteger suas terras. A bioeconomia de florestas em
pé vem sendo discutida como um modelo alternativo de desenvolvimento
sustentável para regiões tropicais, com potencial para reduzir a perda de
biodiversidade. Essa transformação no paradigma da conservação exige inovações em
políticas públicas e estratégias, que, por sua vez, dependem das arenas locais
até as internacionais, para apoiarem os esforços de conservação e a entrada de empresas
baseadas na bioeconomia de floresta em pé nos mercados mundiais de modo a
promover o desenvolvimento sustentável e sustentado.
O objetivo geral do evento é fornecer uma arena para
instituições de pesquisa, universidades, ONGs, agências governamentais, organizações
comunitárias e empresas de todo o mundo, com a oportunidade de apresentarem suas pesquisas e produtos, participarem de diálogos para promover
novas colaborações e parcerias e fornecerem recomendações operacionalizáveis, a partir da proposição conjunta de uma declaração de conferência.
Local, Universidade Positivo (UP) e Centro de Pesquisa da Universidade Positivo (CPUP), Curitiba - Paraná - Brasil
Curitiba é a capital do Paraná, estado da região Sul do Brasil. É uma das cidades mais sustentáveis da América Latina, sendo reconhecida por seu planejamento urbano.