Em agosto de 2020, os direitos humanos de indígenas e ribeirinhos moradores das terras às margens dos rios Abacaxis e Mari-Mari, entre os municípios de Borba-AM e Nova foram brutalmente desrespeitados por forças policiais do Estado em uma ação de vingança que, para obter legitimidade perante a sociedade, utilizou-se do pretexto de “combate do tráfico de drogas” para matar e torturar pessoas inocentes.
O doloroso evento de assassínio e tortura, conhecido como “massacre do Abacaxis”, se trata de um exemplo emblemático da violência das forças policiais do Estado e também da impunidade quando essa violência ocorre contra as pessoas mais vulneráveis socialmente.
Três anos após o massacre, as marcas das agressões ainda estão cravadas na alma dos Povos Munduruku, Maraguá, e das famílias Ribeirinhas diretamente e indiretamente vitimizados/as pela ação da Polícia Militar do Estado do Amazonas.
Buscando respostas para esta questão, o presente evento tem por objetivo a promoção do debate sobre os eventos ocorridos durante e após o Massacre do Rio Abacaxis (2020), a fim de determinar as razões que impedem o Estado brasileiro em identificar os envolvidos e aplicar as punições cabíveis.