Este é um evento online
A Faculdade Interdisciplinar em Humanidades e o Mestrado Profissional em Ciências Humanas da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) e o Festival de História promoverão a segunda edição do Seminário Nacional entre os dias 21 e 22 de outubro, em formato exclusivamente virtual e com transmissão pelo YouTube. Aprofundando a linha temática da sexta edição do fHist, “Tempos de incerteza”, o Seminário Nacional receberá produções de pesquisas acadêmicas em três sessões síncronas: Ética, regimes de verdades e produção científica; Re-existir: culturas, religiosidades e intolerâncias e Educação entre epidemias.
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Mais informações abaixo
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Sessão 1 – Ética, regimes de verdades e produção científica
(Quinta-feira, 21/10 – 08h00/12h00)
Ementa: A produção do conhecimento científico passa pela discussão da construção de enunciados que trazem verdades que podem ser provisórias. Pesquisas demonstram que o conhecimento é histórico, ou seja, produto de um tempo e paradigmas vigentes nas circunstâncias da sua produção. No entanto, a historicidade do conhecimento e sua consequente transitoriedade não o invalida e nem o faz resultado de “mera percepção pessoal”. Por trás da construção do conhecimento científico em suas diversas áreas, existem protocolos de validação que são fundamentais, em diferentes fases, e negociados entre os pares e pautados por questões éticas e de transparência metodológica, que envolvem tanto o processo de produção, quanto os seus usos dos conhecimentos e tecnologias resultantes. Nos tempos atuais, de descrédito do conhecimento científico, da disseminação de “fake news” pelas redes de hiperconectividades telemáticas, com a ampla validação das opiniões pessoais, crenças subjetivas que, em alguns casos, descredibilizam as Ciências e provocam riscos sociais. Isso posto, torna-se fundamental discutir os regimes de construção de verdades no âmbito acadêmico, suas interlocuções e responsabilidades em relação às demandas sociais e, seu vínculo com a ética no em seus diversos aspectos. Esta sessão temática receberá trabalhos que versem sobre este debate, em diferentes áreas de conhecimento.
Sessão 2 – Re-existir: culturas, religiosidades e intolerâncias
(Quinta-feira, 21/10 – 14h00/18h00)
Ementa: No campo das Ciências Humanas e Sociais, há debates que consideram que o ano de 2013 marca o início de um ciclo de disputas, polarizações e acirramento de perspectivas em diferentes âmbitos da sociedade brasileira. O ano de 2013 seria assim, um ano que ainda não acabou, ao qual temos re-existidos, tanto no sentido da resistência, em diversos aspectos, quanto na reinvenção de diferentes possibilidades de existir e se expressar. A arte, a cultura, as religiosidades têm sido, assim, sustentações para manter o equilíbrio mental e emocional nesses tempos de crise, que se intensificaram com a pandemia da Covid-19, fazendo emergir o que temos de melhor na conjugação do verbo esperançar. Contraditoriamente, permanências nas configurações sociais atestam estruturas e práticas preconceituosas, racistas e patriarcais que resistem aos tempos, acirram intolerâncias e violências de diversos tipos, sejam elas religiosas, de orientação sexual, de gênero e culturais. Esta sessão temática, portanto, receberá trabalhos que reflitam sobre esses aspectos da vida humana, nas suas mais diversas configurações.
Sessão 3 – Educação entre epidemias
(Sexta-feira, 22/10 – 08h00/12h00)
Ementa: As Culturas escolares, guardando suas particularidades, são como teias permeáveis às demandas dos sujeitos, tempos e espaços que as atravessam e constituem, tensionando e/ou reafirmando a função social colocada à Educação. Nesta seção temática interessa-nos refletir sobre as reverberações de “epidemias” de diferentes naturezas, compreendidas aqui da perspectiva biológica, mas, sobretudo para além dela, nas práticas pedagógicas e nos currículos. Em que medida um contexto epidêmico é capaz de alterar estruturas cristalizadas das culturas escolares? De que maneira as demandas, impostas por um tempo singular como o de uma epidemia, são apropriadas pela inventividade e resistência de docentes e discentes? Com quais epidemias a educação escolar no Brasil precisou lidar, em diferentes tempos e espaços, e quais marcas foram deixadas por elas? Essa sessão temática receberá trabalhos que dialoguem acerca da educação em diferentes espaços e tempos e suas relações com contextos epidêmicos.
Estes são, portanto, os desafios temáticos propostos pelo 2º Seminário Nacional em sua jornada de contribuição à difusão das pesquisas historiográficas para um público mais amplo, propiciando ainda trocas de saberes e experiências para a construção de novos formatos de aproximação e publicização dos conhecimentos históricos.