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APRESENTAÇÃO

III Novembro Negro – 2017

Mônica Helena H S Goulart[1]

Veronica Ferreira B.  Calazans[2]

Resistência Negra no Paraná

               O III Novembro Negro, 2017, teve o objetivo discutir as FORMAS DE RESISTÊNCIA NEGRA NO ESTADO DO PARANÁ ao longo de sua história.  Ao contrário do discurso fundado no imaginário europeu, construído pelo projeto político de branqueamento decorrente do processo de imigração consolidado no século XIX e início do XX, o Paraná se coloca como mais um espaço do território brasileiro marcado pela significativa presença da população escravizada e de seus descendentes.

               Povo este que, fundamentalmente, participou da construção da sociedade paranaense, implementou seus conhecimentos, definiu seus espaços e engendrou formas importantes e peculiares de resistência. Sua força se encontra na práxis que implementou diante de ideologias políticas elaboradas por intelectuais que procuravam limitar sua relevância. Dessa forma, foram ressaltados aspectos importantes: i) quais as personalidades negras e suas formas de resistência desenvolvidas em diferentes momentos no Paraná? ii) quais espaços e elementos culturais foram relevantes para a imposição de suas formas de sociabilidade, decorrentes da valorização de sua ancestralidade africana?

               Para responder estas e outras questões, os palestrantes Ivo Queiroz, Marco Aurélio Barbosa e Clarissa Grasssi destacam aspectos como o samba paranaense, as lutas pela implementação do feriado do 20 de novembro em Curitiba, além da biografia e trajetória de personalidades negras que foram sepultadas no Cemitério Municipal São Francisco de Paula, respectivamente. Com o mesmo propósito reflexivo seguem os textos apresentados durante o Evento.  Para fechar o presente documento, ressaltamos o artigo decorrente de pesquisa qualitativa desenvolvida pelas professoras Maria Luisa Carvalho e Maria Sara Dias Lima acerca do significado das cotas raciais para os alunos da UTFPR, Campus Curitiba. Boa leitura!