EDUCAÇÃO MÉDICA EM TEMPOS DE PANDEMIA

Publicado em 18/12/2020 - ISSN: 2675-8563

DOI
10.29327/127165.27-1
Título do Trabalho
EDUCAÇÃO MÉDICA EM TEMPOS DE PANDEMIA
Autores
  • Daniela de Lima Germano
  • Luís Paulo Tkotz
  • Emanuel Dos Santos De Andrade
  • Carolina De Oliveira Dos Santos
  • Gabriel da Costa e Silva Dyonisio
  • Ana Paula da Cruz Neves Lopes (Orientadora)
  • Sergio Duarte Dortas Junior
Modalidade
Trabalhos Científicos
Área temática
Exemplo de Área Temática
Data de Publicação
18/12/2020
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
www.even3.com.br/Anais/SCUNIFASEFMP/280917-EDUCACAO-MEDICA-EM-TEMPOS-DE-PANDEMIA
ISSN
2675-8563
Palavras-Chave
Medicina, Coronavírus, Educação Médica, Pandemia, Ensino à distância, EAD.
Resumo
Introdução: O primeiro caso do novo coronavírus, SARS-CoV2, foi identificado em Wuhan, na China, em dezembro de 2019. Desde então, os casos começaram a se espalhar pelo mundo e em fevereiro tivemos o primeiro caso registrado no Brasil. Em março, a Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu o surto da doença como Pandemia, fazendo com que surgissem grandes desafios práticos e logísticos em diversos cenários da sociedade. O distanciamento social, então, foi definido como a estratégia preventiva mais eficaz no enfrentamento do COVID-19. Como resultado, as atividades práticas do âmbito acadêmico precisaram ser interrompidas, o que representou uma preocupação imensa com a educação médica, que precisou se adaptar em escala global. Apesar disso, muito tem se discutido sobre os efeitos profundos que o COVID-19 tem causado e muitos acreditam que eles podem mudar para sempre a forma como os futuros médicos são educados. Objetivos: esse trabalho tem como objetivo verificar como o distanciamento social causado pela pandemia do COVID-19 pode afetar a aprendizagem dos acadêmicos de medicina, explorando as implicações potenciais do COVID-19 para o futuro da educação médica, tendo como base a opinião dos estudantes que, durante esse período, estão sendo submetidos ao ensino à distância. Metodologia: A avaliação acerca da Educação Médica durante a pandemia, foi realizada através da análise qualitativa de 106 formulários preenchidos de forma voluntária e online pela plataforma Google Forms® por alunos da Faculdade de Medicina de Petrópolis (FMP) do 5° ao 11° período. Resultados e Discussões: Diante do contexto apresentado pela pandemia do COVID-19, este trabalho visou agrupar os dados obtidos através da pesquisa realizada entre os alunos da FMP acerca da qualidade do método de Ensino à Distância proposto pelo MEC. Desse modo, observou-se que dos 106 alunos que responderam o questionário, 57% preferem a realização das aulas à distância, no momento atual, haja vista a maior segurança proposta, através do distanciamento social e isolamento, contribuindo para um menor risco de contaminação entre os alunos, professores e familiares. Entretanto, 55.1% acredita não observar a mesma qualidade de ensino entre o método presencial e o à distância. A justificativa que embasa tal afirmação se dá pelas diversas possibilidades de perda do foco mediante o estudo em casa, ocupação do tempo com outras atividades, desmotivação e menor troca de conhecimentos quando comparado ao modelo presencial. Com isso, 49.5% do grupo afirma observar uma redução significativa na qualidade do ensino quando comparado com o método presencial, uma vez que reduz substancialmente as atividades práticas, o contato com o paciente, a execução do exame físico, a elaboração de uma boa anamnese e o desenvolvimento de um raciocínio médico mais apurado. Ademais contribui inibindo características próprias do modelo presencial como o contato direto com o professor, troca de conhecimentos entre alunos e vivência do ambiente hospitalar e estudantil. Nesse sentido, 16.5% afirma, categoricamente, pelos argumentos expostos, que o Ensino à Distância é pior que o presencial. Além disso, 33.6% relata que a redução na qualidade do ensino se dá em função do grande número de conteúdo proposto, visto que as cargas horárias não são compatíveis com o método presencial, observando-se aumento nas atividades propostas, capaz de causar um acúmulo de conteúdo pendente que prejudica o aprendizado, tornando o estudo mais superficial, objetivando bater metas exigidas, abdicando da fixação devida do conhecimento. Por outro lado, 31,8% diz já ter se adaptado à educação mediada por tecnologia e acredita que ela permanecerá após o fim da pandemia, tendo em vista que possibilita diversas interações sem sair de casa, como realizações de palestras, eventos, aulas e debates com profissionais do mundo inteiro, além de otimizar a comunicação e a exposição de conteúdos teóricos. Como observado previamente, a grande crítica ao Ensino à Distância (EAD) se dá pela falta de motivação e foco, embasada pela monotonia da rotina. Sendo assim, 26,2% afirma não conseguir se adaptar com o EAD por essa modalidade o deixar desmotivado (a) a estudar, não apresentando situações de estímulos, descobertas e autonomia perante à medicina, o que torna o conteúdo cada vez mais teórico e menos alinhado com a prática médica. Dessa forma, 58,9% disse ter medo de que a graduação à distância interfira na qualidade da sua formação, uma vez que os alunos possuem menor acesso à atividades relativas à prática médica como cenários hospitalares, centros de simulação e contato com pacientes e professores, capaz de causar insegurança e ansiedade quanto à realização da medicina após a conclusão do curso. Entretanto, 43,9% acredita que o que foi perdido com a pandemia eventualmente será recuperado, através de oportunidades de aprendizado que apresentar-se-ão após o período da pandemia, principalmente através de uma maior vivência nos cenários tradicionais de educação médica. Conclusões: Desse modo, entende-se que as atividades de cunho prático são um pilar essencial para a formação do médico, pois, através delas, há a solidificação do conhecimento extraído pelas bases teóricas, sendo primordial para o processo ensino-aprendizagem, sobretudo na área da Medicina. Entretanto, em resposta à pandemia do COVID-19, as autoridades responsáveis precisaram fazer uma inédita e súbita transição de todo o currículo médico do pré-curso para formatos online. As consequências dessa mudança para ambientes virtuais, que postergaram os momentos práticos, já são evidentes para muitos dos alunos entrevistados, uma vez que houve uma percepção da redução da qualidade do ensino aprendizado por diversos fatores. Porém, os resultados efetivos que essas mudanças causaram e vão causar a longo prazo ainda são incertas e exigirão novas avaliações futuras.
Título do Evento
XXVI Semana Científica UNIFASE/FMP
Título dos Anais do Evento
Anais da Semana Científica
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital
DOI

Como citar

GERMANO, Daniela de Lima et al.. EDUCAÇÃO MÉDICA EM TEMPOS DE PANDEMIA.. In: Anais da Semana Científica. Anais...Petrópolis(RJ) Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto, 2020. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/SCUNIFASEFMP/280917-EDUCACAO-MEDICA-EM-TEMPOS-DE-PANDEMIA. Acesso em: 28/03/2024

Trabalho

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